Outro dia todos nós ficamos chocados quando Laura Dern disse em entrevista à Variety, respeitada revista norte-americana, que seus pais, os também atores Diane Ladd e Bruce Dern, tentaram desencorajá-la da ideia de seguir a mesma carreira. Ainda bem que isso não aconteceu! Hoje, Laura é uma das mais respeitadas profissionais da TV e do cinema norte-americanos, colecionando produções de sucesso.
A mais recente delas, “Adoráveis Mulheres”, chega ao cinema no próximo dia 9 de janeiro de 2020 com a promessa de ser um hit. Estamos em contagem regressiva pra assistir nas telas mais uma adaptação do romance de Louisa May Alcott, “Mulherzinhas”, lançado em 1867″. Clássico da literatura ianque, o livro conta a história de um grupo de quatro irmãs que decide desafiar as regras e convenções sociais dos Estados Unidos do século XIX.
O cenário não é dos mais animadores: vive-se uma guerra civil, o que mesmo assim, não as impede de acreditar naquilo que mais lhes dá fôlego para seguir se impondo. No elenco estão atrizes preciosas como Emma Watson, Saoirse Ronan, Florence Pugh, Timothée Chalamet e Meryl Streep.
Vencedora de quatro Golden Globes e um Emmy, a atriz não é aclamada apenas pela crítica, mas também pelo público. Em 2017, por exemplo, ela encarnou pela primeira vez a personagem Renata Klein no drama “Big Little Lies”, da HBO. Era a favorita de muita gente entre as 5 de Monterey… Agora, em 2019, a musa também tem ganhado elogios por sua interpretação em “História de Um Casamento”, uma das grandes promessas do circuito internacional de premiações. O filme narra a degradação de um relacionamento que poderia ser o de qualquer um de nós.
Achou pouco? Curtindo essa fase gostosa de reconhecimento, Dern ainda foi anunciada na última semana como uma das homenageadas do 31º Palm Springs International Film Festival, importante celebração do cinema na Califórnia. Como justificativa, Harold Matzner, um dos representantes do evento, confirmou aquilo que já havíamos apontado: estamos diante de uma das atrizes mais brilhantes desta era.
“Ao longo de seus 40 anos de atuação, ela trouxe para as telas tantas performances memoráveis, incluindo apenas três neste ano em “Big Little Lies”, “Little Women” e “História de Um Casamento”.
Mas, o que tornou Laura Dern ao longo dos anos uma profissional tão respeitada? Quais atuações alavancaram sua carreira? Estas e outras perguntas nós nos propomos a responder a partir de agora.
Antes de ser reconhecida como uma grande atriz e um ícone feminista, defensora do fim dos abusos em Hollywood, ou mesmo de receber uma estrela na calçada da fama, Laura Dern fez um caminho muito bonito que começou bem cedo, em meados dos anos 1970. Aos 8 anos de idade estreou à frente das câmeras e aos 13 mandou ver em aparições oficiais, respectivamente nos filmes “White Lightning” e “Alice Doesn’t Live Here Anymore”. Aqui ela obteve pouco destaque – ao menos a nível de público.
Quem estava ali por trás sacou o talento da garota – o que fez com que os pais, de imediato, tentassem impedi-la de seguir a mesma profissão. Não queriam que ela ficasse circulando no set e tivesse o mesmo destino que eles. Foi aí que Dern solicitou sua emancipação junto à Justiça. Decidida, a garota!
Nos anos 1980 ela investiu pesado na carreira dos sonhos e, mais precisamente em 1986, ganhou seu primeiro papel importante. Em “Veludo Azul” ela firmava sua primeira parceria com o gênio David Lynch ao interpretar a jovem Sandy Williams. Na trama, ambientada em uma cidade pequena, há um mundo obscuro em que os mais inocentes nem de longe sonham desbravar. Tudo começa a mudar quando o personagem de Kyle MacLachlan, Jeffrey, descobre uma orelha humana em um terreno baldio e parte em uma investigação que envolve erotismo, mistério e sadismo.
Quatro anos depois… lá estavam Laura e David novamente colaborando em “Coração Selvagem”, considerado hoje um clássico do drama romântico neo-noir. Estrelado ainda por Isabella Rossellini, Willem Dafoe e Nicolas Cage, esse longa traz como protagonista a dupla Sailor e Lula, jovens que encontram em uma viagem pelos Estados Unidos um meio de fugir da perseguição que sofrem dos próprios pais. Enquanto ele nutre uma paixão por Elvis Presley, ela se enamora cada dia mais pela história de “O Mágico de Oz”… história das boas! Desse filme, aliás, surgiu uma relação amorosa entre Dern e Cage. Sabe como é, par romântico dentro e fora das telas.
Colecionando elogios em cada produção que seu nome estivesse, foi com “As Noites de Rose”, um filme de época igualmente elogiadíssimo pela crítica, que Laura descolou sua primeira indicação ao Oscar na categoria Melhor Atriz. Ela, infelizmente, não levou, mas fez com que nossos corações fossem entregues de bandeja para sua personagem, a sensual Rose, empregada doméstica que despertava a paixão em todos ao seu redor e que era dona de um coração extraordinariamente puro.
Em 1993, logo após ter sido esnobada pela Academia, a atriz retornou com tudo e levou a melhor com “Afterburn”, responsável por seu primeiro Golden Globe na categoria Melhor Atriz Coadjuvante. Os prêmios, afinal, começaram a chegar e confirmaram de uma vez por todas seu poderio à frente das câmeras.
Os anos 1990 passaram e com eles, já no finzinho da década, surgiu um convite super especial. É fã da franquia “Jurassic Park”? Pois então você deve certamente saber que Laura também fez uma ponta no longa ao interpretar a dra. Ellie Sattler nos filmes de 1993 e 2001. Sob a tutela do mestre Steven Spielberg, que a dirigiu, a atriz topou fazer parte do universo fantástico dos parques temáticos hiper-realistas – que a gente, é claro, adora. É só falar sobre isso porque a expectativa já fica nas alturas. Em 2021, exatos vinte anos depois, ela retorna à função ao papel ao lado de Sam Neill e Jeff Goldblum, que devem participar de uma nova aventura, ainda em desenvolvimento. A promessa é de um papel de destaque!
Sempre atenta a causas humanitárias e à política, é óbvio que Laura também se jogaria em produções que de alguma forma ou de outra estariam ligadas ao gênero. Em 2008 ela se uniu à HBO pra participar do filme “Recount”, ambientado em plena campanha eleitoral norte-americana no ano 2000. Aqui, a atriz interpreta a ex-secretária de Estado da Flórida e republicana, Katherine Harris – papel que rendeu a ela um Globo de Ouro e duas indicações ao Emmy e ao SAG Awards, respectivamente. Merecidíssimo!
Na pele de Pam Ferris, ela vive uma história marcada por altos e baixos e muita diversidade em uma Los Angeles que, apesar de ser gigantesca, está amplamente apta a conectar as pessoas. Este drama marcou uma sequência de filmes do gênero feitos pela atriz, todos bem sucedidos. Dois anos depois ela entraria em estúdio para as gravações do aclamado “A Culpa é Das Estrelas”, onde compartilha na pele de Frannie Lancaster, uma mãe dedicada, os dramas da filha, a jovem Hazel. Vivendo em Indianápolis, nos Estados Unidos, a Hazel tem um câncer terminal de tireoide que se espalhou pelos pulmões – e embora tudo lhe pareça pessimista, descobre que a vida pode trazer muitas surpresas ao conhecer um rapaz incrivelmente apaixonante. Assista com os lenços em mãos!
Laura Dern é pop e sabendo circular entre tantos gêneros, também fez parte em 2017 do elenco de “Star Wars: O Último Jedi”, mas com toda a certeza do mundo, seu grande sucesso nesta década foi “Big Little Lies”. A produção baseada no livro de mesmo nome de Liane Moriarty, narra como um grupo de 5 mulheres que levam suas vidas pacatas na endinheirada Monterey, no Vale do Silício, se metem em uma encrenca daquelas por conta de um boy lixo. Laura dá vida à icônica Renata Klein, uma dondoca que do dia pra noite descobre vários rolos do marido e acaba na pior – para além de todos os dramas, claro.
A gente acompanhou tudo e a cada domingo esperávamos pelo melhor surto. Quem foram suas colegas de elenco? Meryl Streep, Reese Witherspoon, Shailene Woodley e Zöe Kravitz. Se você ainda não viu nenhuma das duas temporadas da produção, corra pra assistir!
No ano seguinte, outra parceria bem sucedida com a HBO, “The Tale”. Ela tinha 13 anos e ele 40. O enredo está centrado na vida incrível que a documentarista nova iorquina Jennifer Fox leva. Esta realidade dura até o momento em que sua mãe descobre uma história, escrita por ela ainda na adolescência, em que há uma relato sobre um relacionamento especial com dois treinadores adultos de um acampamento. Os detalhes do manuscrito são absolutamente diferentes do que Jennifer se lembra – o que faz com que ela empreenda uma busca pelas respostas reais do que aconteceu naquele lugar.
Agora, em 2019, ela brilhou com ainda mais força em três projetos sucessivos. O primeiro deles foi o tragicômico “J. T. Leroy”, filme em que contracena ao lado de Kristen Stewart e resgata a história do falsário escritor norte-americano de mesmo nome. Logo na sequência veio “História de Um Casamento”, uma das promessas do Golden Globo 2020 (e um dramalhão daqueles que tem tudo pra fazer a gente chorar da primeira à última cena). Mas a grande expectativa do momento gira em torno de “Adoráveis Mulheres“, nova adaptação do clássico “Mulherzinhas”, gigantesco ícone da literatura anglofônica. A personagem de Laura, Marmee, é uma espécie de tutora das jovens na ausência de seu pai – um combatente. Uma das principais agentes condutoras dessa história, ela tem como algumas de suas principais características a independência e a liberdade.
Bem, diante de uma carreira tão sólida e de papéis tão encantadores, alguém aí ainda não garantiu seu ingresso pra estreia de “Adoráveis Mulheres”? Marque na agenda: o longa chega às telas em 9 de janeiro de 2020!
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