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Entrevista: falamos com o Black Eyed Peas sobre amor pelo funk, feat. com Anitta e mais!

Eles marcaram a década passada com hits inesquecíveis e, depois de uma pausa de quase oito anos, voltaram! E estão no Brasil! Sim, Black Eyed Peas está em terras tupiniquins para fazer shows em São Paulo nesta sexta (04), parte do festival Itaipava de Som a Sol, e no sábado (05) no Rock In Rio, no Rio de Janeiro. E essa turnê, que começa por aqui e ainda vai pra outros países da América do Sul e Oceania, tem como objetivo a divulgação do trabalho mais recente do trio, “Masters Of The Sun Vol. 1”, lançado em outubro de 2018.

Aliás, sim, a gente acabou de dizer “trio”. Porque neste último disco, o grupo não tem mais a presença da cantora Fergie. Antes da vinda do grupo, batemos um papo por telefone com Apl.de.ap e Taboo, que atualmente formam o Black Eyed Peas junto ao cantor e produtor Will.i.am, sobre as influências e a criação deste disco mais recente. Eles também nos contaram sobre a relação que tem com o Brasil e, claro, falaram do recente featuring com a Anitta – que vai render uma apresentação ao vivo com todo mundo junto no palco do Rock In Rio!

Vem ler:

O disco mais recente de vocês, “Masters of the Sun Vol. 1” é uma experiência bem imersiva de sons. O que ele representa pra vocês neste momento da carreira?

Apl.de.ap – É nossa celebração de vinte anos de grupo. E a gente retornou a como começamos, com um som todo baseado em samples, então entramos nessa era mais nostálgica. A gente quis voltar ao som de quando nós começamos.

Taboo – A gente queria que soasse muito como músicas dos anos 90. E esse disco é bem pautado também na HQ de mesmo nome que lançamos com a Marvel no ano passado.

E como foi o processo de gravação? Como foi estar todo mundo no estúdio junto novamente?

Taboo – A gente tem um estúdio chamado The Future, no qual gravamos músicas e vídeos, fazemos nossos figurinos… então a gravação desse disco se dividiu em duas salas, uma pra mim e o Apl.de.ap, e outra do Will.i.am. Aí a gente sempre ia de uma sala pra outra e trocando ideias.

Apl.de.ap – Sim, e a gente também quis brincar com elementos que segurassem as pessoas nas músicas, como mudanças no andamento das canções, por exemplo.

Algumas canções do disco têm samples incríveis, como os de faixas de Soul II Soul, Beastie Boys e Susan Veiga. Como vocês escolheram esses samples?

Taboo – Bom, esses são os artistas que a gente ouvia enquanto crescíamos. A gente sempre gosta de voltar para os sons dessa época e, fazendo o “Masters of the Sun Vol. 1”, a gente tinha também a intenção de educar as pessoas. Porque não é todo mundo que conhece o Black Eyed Peas desde o início. Todo mundo só conhece de “Where’s The Love” pra frente. Algumas pessoas não sabiam que a gente era um trio também no início. Mas os samples também têm esse papel educacional pra mostrar de onde vêm nossas influências.

O disco veio oito anos depois do anterior e muita coisa deve ter acontecido nesse período de tempo. Na faixa “Constant”, vocês dizem que estão de volta e “sem ego”. Sobre o que é essa letra?

Apl.de.ap – Durante nosso hiato, fizemos coisas individuais. Eu, por exemplo, foquei na minha fundação, que apoia escolas e salas de informática nas Filipinas. E enquanto isso, também participei como jurado do The Voice e lá conheci essa cantora incrível, chamada Jessica Reynoso, que canta no nosso disco e tem feito a turnê conosco também. A gente conseguiu viver e ver novas coisas, conhecer novos artistas. 

Taboo – Sim, em 2011 a gente deu uma pausa e foi seguindo o que estava nos inspirando naquele momento. Infelizmente, em 2014, fui diagnosticado com câncer, então entrei num modo de sobrevivência. Passei por cirurgias, doze semanas de quimioterapia, porque meu tumor estava se espalhando rápido. Então passei por um processo de encontrar minha cura pela música, pela amizade e coisas boas. Agora estou vivo e tudo é uma bênção, Tudo que eu quero é ajudar as pessoas a passarem pra elas não precisarem passar pelas coisas que passei.

Desde a década passada, o trabalho de vocês sempre se conectou ao Brasil. Seja com a potência que vocês ganharam por aqui, ou com a versão de vocês pra “Mas que nada”, do Jorge Ben Jor. Como está essa relação agora, pra vocês?

Apl.de.ap – A gente vai apresentar a canção com a Anitta no Rock In Rio. A gente ama ela, aprecia tudo que ela faz. A gente se inspira muito na música latina e no baile funk. Amamos a freqüência na qual o Brasil opera, sabe? Acho que nosso show na Praia de Ipanema em 2006, pra um público de um milhão de pessoas, vai ser sempre uma lembrança muito especial, por exemplo.

Todo mundo animado pra ver Black Eyed Peas + Anitta ao vivo neste sábado? <3

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