Em entrevista à W Magazine nesta segunda-feira (30), Frank Ocean contou um pouco sobre as influências de seu novo álbum. Ocean também discutiu seu espaço criativo e novos planos musicais.
Seu novo projeto vem influenciado por “Detroit, Chicago, techno, house, música eletrônica francesa” e outras “iterações da vida noturna”, que já está em andamento, embora não haja novidades sobre uma data de lançamento. Questionado sobre se o disco seria lançado de forma independente, ele foi categórico e disse:
“Sou independente desde 2016. Por isso, pretendo continuar assim por um tempo. Eu tenho crédito incrível, então, se eu precisar de um empréstimo, vou a um banco”
Seus projetos normalmente são feitos de forma solo. Ocean tende a concentrar a maioria das etapas em suas mãos, para não perder a identidade. Mas, ele admitiu à publicação que isso pode acabar por deixá-lo solitário e contou que gosta de conhecer melhor sobre outras funções, em que não se sente especialista.
“Eu acho que por um tempo gostaria de me afastar do trabalho que é solitário por natureza. Eu nunca estive em uma banda ou tive um parceiro de composição ou estive em um grupo, por isso sempre passava muito tempo escrevendo e fazendo o trabalho. Gosto das partes do processo em que trabalho com músicos de sessão ou com outros produtores de discos ou artistas de destaque e vocalistas convidados…em espaços onde não sou especialista”
Questionado sobre suas responsabilidades políticas, como artista, ele disse que prefere entendê-las como oportunidades.
“Os riscos são altos. Substituiria a palavra “responsabilidade” por “oportunidade” quando se trata de votar, porque você tem o direito de não fazer nada, mas tem a oportunidade de fazer muito mais. É simples votar; é complicado incentivar votos. Eu gostaria de ter o maior número possível de esquemas. Há uma verdade nessa ideia de que toda geração tem algo realmente grande a temer – pelo menos uma coisa que afeta sua sobrevivência ou sua qualidade de vida. Acho que não chegamos a um ponto em que não tenho mais escolha a não ser ser pessimista”
Ele também discutiu sobre o papel da força, vulnerabilidade e verdade em seu trabalho. Ele admitiu que para criar algo que satisfaça as expectativas, é necessário fazer de uma forma que seja por inteiro, relatando o traduzindo suas experiências.
“Para que eu possa satisfazer as expectativas, é preciso haver um derramamento do meu coração ou minhas experiências de uma maneira muito verdadeira e vulnerável. Estou mais interessado em mentiras do que isso. Tipo, me dê uma fantasia cinematográfica completa”
Além disso, lembram-se de quando o muso apareceu aqui no Brasil? Ele veio todo de boa, sem anunciar nada, e ficou dando umas voltinhas pelo Rio. Na entrevista, ele contou a razão da visitinha. Ele está trabalhando com um músico brasileiro e já que ele não coloca nenhum material na internet – antes de lançar, é claro – ele veio aqui.
“Estou trabalhando com um arranjador de cordas agora no Rio, e toda vez que vamos e voltamos, porque não coloco coisas na Internet, tenho que enviar uma unidade com alguém para o Rio ou preciso ir sozinho”
Para conferir a entrevista completa de Frank Ocean à W, clique aqui!
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