Quem não gosta de um bom DJ numa balada de fim de semana? As pessoas por trás daqueles equipamentos de som muitas vezes precisam quebrar os paradigmas de gêneros e estilos musicais, para agradar toda uma platéia de milhares de pessoas e foi assim que o DJ e produtor Rafael Gebara, conhecido na vida noturna como DJ SHARK, ganhou o Brasil e o mundo.
O DJ SHARK começou sua carreira na black music, tocando pelos bailes de charme na cidade do Rio de Janeiro, durante o passar dos anos assumiu uma identidade na música eletrônica, mas foi o Open Format que conquistou seu coração, misturando muito trap, funk brasileiro e o que vier na cabeça, ganhando também as pistas de todo o país. O Papel Pop entrevistou este coringa dos clubs, que possui uma grande carreira nas noites pelo país há mais de 10 anos:
PAPEL POP: Fala Shark! Para começar, no início da sua carreira você tocava black music. Em suas apresentações até usava vinil e ousava na arte do scrath. Como você aprendeu a discotecar e como surgiu essa vontade?
DJ SHARK: Eu sempre gostei muito de música, piano, violão… E nas primeiras festinhas que eu comecei a frequentar, os meninos ficavam de olho nas meninas, é claro que eu também ficava, mas eu também ficava observando muito os DJ’s tocando e me chamava muita atenção, desde então me interessei muito por essa área e comecei a fazer minhas próprias festas, foi asssim que o negócio começou a ficar sério e comecei a me dedicar especialmente para isso. Comecei pelo hip hop, pela black music, porque as boates começavam com as batidas mais lentas e era justamente onde encaixava o R&B e o charme. Os DJ’s principais não queriam tocar nessa parte, queriam sempre tocar música eletrônica e eu vi uma oportunidade, porque as festas eram mais flexíveis por não ser um horário tão importante. Dessa maneira acabei abraçando o hip hop e no decorrer dos anos isso foi mudando, comecei inserindo outras vertentes no meu set, vindo logo depois o Open Format.
PAPEL POP: E quando foi e como foi o processo da mudança da black music para o Open Format?
DJ SHARK: Os ritmos foram evoluindo, sofrendo mutações e eu fui evoluindo com eles. O Open Format foi o divisor de águas para eu assumir outros estilos no meu set, foi com ele que ficou mais fácil de eu conseguir alcançar novos públicos, novos mercados, que comecei a tocar fora do país.
PAPEL POP: O trap é um gênero conceitual, que dá muito certo lá fora. Você considera que representa a trap music dentro dos seus sets?
DJ SHARK: Não posso dizer que represento a trap music, mas o trap está sim inserido no meu trabalho e as pessoas que buscam o Shark hoje não vão por um determinado segmento, vão pela diversão, então não fico preso a um gênero, creio que sou um dos poucos artistas que assumo a identidade Open Format, já vi outros artistas também que tocam dessa maneira, mas não vejo muitos artistas assumindo essa identidade. Posso citar por exemplo o próprio Alok ou o Dennis, que possuem sua própria base, mas que também passeiam em outros estilos, misturando outros ritmos dentro dos seus sets.
PAPEL POP: Dentro da música eletrônica ou até mesmo na música em geral, quais são seus ídolos?
DJ SHARK: Eu sempre gostei muito do Steve Aoki, porque além de misturar muitos ritmos nos sets dele, o cara é um showman incrível e eu sempre dei muito valor para a presença de palco, para a interação com o público e ele faz isso muito bem.
PAPEL POP: Seus remixes para grandes hits do funk brasileiro são sucesso garantido onde tocam. Como foi a aceitação do público no primeiro momento?
DJ SHARK: A aceitação foi bem bacana, eu comecei a introduzir o trap nos funks e foi bem aceito nas pistas, mas aqui no Brasil o trap é muito difícil de trabalhar e na minha nova fase a gente quer trabalhar mais com o funk.
PAPEL POP: Falando dessa nova fase, tem alguma novidade que pode nos adiantar sobre futuros trabalhos? Vem novas tracks por aí?
DJ SHARK: Eu tenho sim novos planos, não posso adiantar muitos detalhes, mas uma das faixas vai sem bem para as pistas, até mais que a ‘Relaxa e Fica’ e a outra com mais vocais e com um bpm mais lento, mais romântica.
PAPEL POP: Com mais de 10 anos de carreira como DJ e na sua vasta experiência em turnês pelo Brasil, qual é o conselho do Shark para a galera que quer começar na área?
DJ SHARK: Sempre tentar fazer o seu próprio caminho, sem esperar com que outras o valorizem, você mesmo ir conquistando seu espaço aos poucos, com muitas produções, muitos remixes e até quem sabe sua própria festa, conseguindo ser notado e claro, toda aquela parte que todo mundo sabe, mas que é importante falar, sempre ter muita humildade e determinação em tudo que se faz.
**Repórter colaborador: Bruno Bellato, criador do site Beat for Beat, especializado em EDM com notícias, coberturas de festivais e entrevistas.
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