Enquanto a gente se morde de curiosidade a respeito do que “Madame X”, novo álbum de Madonna, nos reserva, rolaram no último fim de semana as primeiras audições do material. Para a ocasião, foi convocado para avaliar a produção um time seleto de representantes de alguns dos principais jornais do Reino Unido e dos Estados Unidos.
O público, por sua vez, só conhecerá na íntegra o conteúdo dessa nova leva de canções a partir do dia 14 de junho. Enquanto isso não acontece, surgem as primeiras críticas, capazes de indicar o que nos aguarda daqui pra frente. Avaliado de forma geral como uma das produções mais relevantes e ousadas de Madonna em sua história recente (ufa!), o disco tem recebido em geral notas altas, que geralmente atingem 4/5 estrelas.
Nós reunimos algumas das resenhas já publicadas, e pra começar citamos o texto da NME. Publicado na tarde desta quarta-feira (5), o texto classificou o lançamento como “ousado, bizarro e auto-referencial”. O site também destaca a riqueza sonora do disco a partir do uso de influências latinas, europeias e até mesmo da melancolia.
“É diferente de qualquer coisa que Madonna já tenha feito antes. PEla primeira vez desde “Confessions on a Dancefloor”, talvez, há brilho nos olhos de Madonna. Sonicamente inquieta, Madame X não imita as tendências, mas as transforma em novas formas. Um registro que lida com o fato de ser “demais” e no fim, recusa-se a atenuar coisas”.
O britânico The Guardian também foi bastante otimista quanto ao disco. Conferindo às faixas 4/5 estrelas, o jornal diz que Madonna produziu seu material mais progressivo e original desde meados dos anos 2000. A crítica também destaca a profundidade das composições da artista.
“Existe mais densidade e aventura musical do que em qualquer outro ponto de sua carreira. Frequentemente há um redemoinho de som psicodélico aquoso, profundamente diferente e muito mais interessante do que seu minimalismo anterior. Em “Killers Who Are Partying”, Madonna termina com as perguntas “Você sabe quem você é? Será que saberemos quando parar?”. Madame X é indomável e tola ao sugerir que Madonna não tem não tem a resposta e que sua força está em nunca saber”.
Outra crítica positiva veio do tablóide The Sun, que deu ao projeto nota máxima. Em seus comentários, há o destaque para a contemporaneidade das criações, ressaltando que esta seria uma nova reinvenção da artista – tão efetiva quanto a que aconteceu em 1998 com o lançamento do icônico “Ray of Light”.
“Fale o que quiser de Madonna, mas ela nunca é chata. A indústria está se tornando desprovida de personalidade rapidamente e ela retorna com seu álbum mais diverso e extraordinário. É cheio de variedade e diferente de tudo”.
Já o Telegraph optou por ser mais cauteloso. Apesar de ter elogiado a consistência do material e a força de Madonna, que segue sendo criativa aos 60 anos, a nota atribuída foi mediana – especialmente ao ser levado em consideração o desejo da artista em se manter no topo, algo que pode ser ou não interpretado um defeito.
Saca só o que foi dito pelo jornal inglês:
“Há um certo desespero para se encaixar nas tendências atuais, é evidente. “Madame X” soa como três álbuns diferentes lutando por espaço. Há um álbum pop latino, em que Madonna faz duetos direcionados ao mercado de música que mais cresce no mundo. Há também uma veia trap que não tem a elegância majestosa que você espera de uma grande dama. Em um jogo de tronos do pop, a maior fraqueza dela continua sendo sua ambição por dominar tudo”.
A Rolling Stone, por sua vez, seguiu a mesma linha de pensamento. Com 3/5 estrelas, a revista destacou os vocais de “Dark Ballet” e os experimentos sonoros feitos em “Bitch I’m Loca” – definida como um presente para os fãs.
“Os álbuns da Madonna lançados neste século se dividem entre dois tipos: os que correm risco e os que dizem ‘Que porra ela estava pensando?’. ‘Madame X’ é tão admiravelmente estranho que tudo o que você pode fazer é se afastar e vê-la seguindo. Ela mergulha em ritmos latinos, está cheio de experimentos que nenhuma pop star do mundo além dela poderia tentar”.
A gente lembra que na sexta-feira que vem (7), faltando exatamente uma semana para o lançamento, chega até nós mais uma prévia do disco. A escolhida da vez foi “Dark Ballet”, que chega pontualmente à meia-noite.
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