O trio As Bahias e a Cozinha Mineira recentemente lançou o disco “Tarântula”, que é o terceiro álbum de estúdio do grupo. Com 10 faixas, o nome do trabalho faz referência à Operação Tarântula, na qual a polícia caçava travestis nos anos 80.
Conversamos com Raquel Virgínia, Assucena Assucena e Rafael Acerbi sobre as inspirações dessas novas canções e das carreiras artísticas deles:
O título do disco faz referência à Operação Tarântula. Como vieram essas narrativas do trabalho?
RAQUEL: Este disco, “Tarântula”, tem músicas com um teor de crônicas de violência que o Brasil traz como marca, especialmente para todas minorias. A gente ia fazer um EP com essa temática, mas acabou virando um álbum e a gente foi dando mais significados à palavra “tarântula”.
E os diversos acontecimentos do Brasil em relação à violência virem como inspirações para o disco faz muito sentido, ainda mais sabendo que vocês se conheceram na faculdade, cursando História, certo?
ASSUCENA: Foi uma conexão rápida. O Rafael pegou o violão numa festa e a gente cantou. Em 2011, com a morte de Amy Winehouse, a gente faz uma homenagem a ela e o espaço da Universidade de São Paulo onde aconteceu o evento lotou. Então a gente começou a fazer um som mais frequentemente, com um repertório bem político.
E fazer arte é algo que vocês sempre quiseram?
RAQUEL: Eu não lembro de não querer ser artista. Eu sempre quis ser atriz e fazer novela!
Que incrível! E mais recentemente, você já pensou em atuar?
RAQUEL: Fiquei muito empolgada nos clipes, porque pude brincar de ser atriz! Minha avó tinha um quintal e, enquanto todo mundo estava brincando de bola, eu ficava refazendo as cenas da novela lá. Aí conheci a Ivete Sangalo e ela me deu vontade de ir a Salvador pra tentar ser uma cantora de axé, o que nunca rolou.
Falando em ter essa referência na Ivete Sangalo, teve alguma figura pop que foi referencial importante na feminilidade de vocês?
ASSUCENA: Eu transicionei enquanto conheci o trabalho de Gal Costa, que trouxe uma figura feminina muito bonita, com uma liberdade corpórea linda, especialmente no vídeo de “Da Maior Importância”.
E quais artistas foram influencias para este novo disco?
RAFAEL: As influências foram bem indiretas, mas a gente ouviu coisas como Connan Mockasin, The Internet, The Weekend e Prince.
ASSUCENA: Michael Jackson, Whitney Houston e Prince estão presentes também na faixa “Shazam Shazam Boom”.
RAFAEL: Exatamente pelo disco ter tido um processo mais fragmentado, houve um espaço para eu poder cantar, porque nos dois outros discos a Raquel e a Assucena tinham muita coisa pra falar
Com quem vocês gostariam de colaborar?
Raquel: Michael Jackson e o Prince! Só quem não está vivo mais hahaha
ASSUCENA: E eu queria uma com a Amy!
Tendo em vista os artistas com quem vocês já colaboraram, como é a escolha de vocês para criar algo com alguém?
RAQUEL: Tem que ser uma coisa legal, tem que acrescentar à canção. A gente nunca pensou em fazer uma música com o Projota, mas a parceria ficou muito bonita, por exemplo!
Vem ouvir esse disco lindo, “Tarântula”, com a gente:
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