A noite caiu e nossos corações foram acalentados pela voz inconfundível de Sam Smith. O cantor, uma das maiores atrações do Festival Lollapalooza 2019, subiu ao palco fazendo jus ao seu passaporte britânico: pontualmente às 19h25, com os primeiros botões da camisa multi-colorida que escolheu para a ocasião abertos, o cantor abriu o seu para uma plateia lotada com “Dancing With a Stranger”, seu dueto com Normani, e “I’m Not The Only One”.
Além de nos elogiar e dizer (várias vezes) que somos definitivamente, seu melhor público, o cantor relembrou suas últimas passagens pelo Brasil, ressaltando o quanto a energia do país é poderosa. Não há igual mesmo – tanto, que na sequência foi a vez de “Lay Me Down” tomar do espaço em um só coro. Sabe quando a gente diz que a galera se rende a alguém? Foi o que aconteceu nesse momento do show. Ao olhar para o lado, o que se via era um mar de pessoas que cantavam em coro, com luzes produzidas pelos milhares celulares presentes. Totalmente absortos.
Sorrindo e em perfeita sincronia com a banda, que traz além dos músicos um time de quatro backing vocals, pertencentes ao The Georgia Mass Choir, Sam entoou “I Sing Because I’m Happy”, indicação de que os hits não dariam trégua.
Com dois covers do Disclosure, foram incluídas na setlist “Omen” e “Latch”. Uma coisa que a gente amou foi o entrosamento dele com as faixas! Em vários momentos o cantor dançou e contagiou tudo mundo, mesmo quando os riffs de guitarra poderosíssimos de “Nirvana” pareceram transformar o espetáculo em um show de rock.
Pausa para uma troca de roupa e o cantor volta ao palco, agora vestindo uma camiseta branca, para fazer a gente sofrer com “Say It First”, uma daquelas baladas grandiosas feita pra que qualquer um seja tocado e fique imediatamente sem chão. Uma profusão só de sentimentos.
Em uma das partes mais profundas, Sam disse que se sentia orgulhoso de ser um homem gay, dedicando a música seguinte, “HIM”, para toda comunidade LGBT. Sentimos aquele quentinho no coração. Corta pro momento dançante da noite. Em Money On My Mind”, e “La La La” (um refrão chiclete desses, fala sério!), os ares assumiram tons mais divertidos e imponentes, especialmente com uma segunda mudança de figurino, desta vez envolvendo um kimono cheio de pedras.
A cartada final ficou por conta de “Promises”, “Stay With Me” e “Pray”, cantadas com a alma tanto por Sam quanto pela galera. Pra quem foi pra casa (ou ainda ia curtir os caras do Arctic Monkeys) o sentimento foi um só: uma paixão crescente por esse homem britânico dono de super poderes, sendo o principal arrebatar corações.
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