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Morre no Rio aos 72 anos Beth Carvalho, a madrinha do samba

Que péssima forma de fechar o dia. A cantora e compositora Beth Carvalho, considerada um dos maiores nomes do samba no Brasil, faleceu na tarde desta terça-feira (30). Carvalho, que tinha 72 anos, estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, no Bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro.

A causa da morte, segundo a rádio CBN, teria sido uma infecção generalizada. Apaixonada pela Mangueira e tida como madrinha de vários dos gigantes do gênero em que se consagrou como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Arlindo Cruz, Beth tinha mais de cinquenta anos de carreira – um trabalho motivado após ter ganho um violão de presente dos avós ainda criança.

Nos anos 1960, em meio aos horrores da Ditadura Militar que levaram seu pai à prisão, Beth resolveu ofertar aulas de música e, apenas um ano depois, lançou seu primeiro compacto com a faixa “Por quem morreu de amor”, uma composição do famoso Ronaldo Bôscoli.

Na voz dela, ficou conhecido um clássico da música brasileira, “Coisinha do Pai”, lançada no fim dos anos 1970.

Com dezenas de trabalhos lançados ao longo deste período, a cantora sofria nos últimos anos com um problema de mobilidade que a impedia de se apresentar com frequência ou participar de eventos. Um destes casos aconteceu em 2013, quando a artista não conseguiu comparecer à homenagem feita pela escola Acadêmicos de Tatuapé no Carnaval paulista.

No ano passado, em parceria com o grupo Fundo de Quintal, Beth promoveu uma apresentação história ao cantar deitada em uma cama seus grandes sucessos no show “Beth Carvalho encontra Fundo de Quintal – 40 anos de pé no chão”.

A gente sente muito e lamenta mais essa perda inestimável para a Cultura brasileira. Viva, Beth!

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