Embora o calor já fizesse parte da paisagem do Autódromo de Interlagos logo após a abertura dos portões do Festival Lollapalooza 2019, que teve início nesta sexta (5), o sol se abriu com ainda mais força assim que um silencioso e hipnótico Troye Sivan subiu ao palco.
Era tarde e, em sua segunda apresentação no país (a primeira foi na noite de quarta-feira (3), como parte do Lolla Parties), o cantor botou sua plateia generosa em número de público pra dançar logo na primeira música do set.
Vestindo uma blusa de tule, parte de um look todo preto, Troye fez as honras da casa embalando a galera com “Seventeen”. Durante uma pausa pra se hidratar (e se recuperar do calor entregue pelos brasileiros), o cantor fez questão de enfatizar em vários momentos do show o quanto éramos quentes.
Da escada mesmo agradeceu pelo carinho e, transformando-se, desceu lentamente. Era a vez de “Bloom” e “Plum”, uma sequência certeira que simbolizou um desejo de agradar seus expectadores que desde o início se viam rendidos. O retorno foi positivo e não faltaram elogios, de ambas as partes. Saca só o que ele disse durante um intervalo entre as músicas:
“Estou tentando entender se tudo isso é normal. Estou na América Latina há dez dias e esta tem uma das melhores imagens da minha vida. Público maravilhoso, Muito obrigado. Obrigado, obrigado, obrigado!”.
De volta ao show, Troye falou também sobre os dilemas enfrentados por LGBTs de todos os lugares do planeta, apontando para várias bandeiras do movimento erguidas na plateia.
Ele destacou como o mundo pode ser cruel, mas deixou claro para os fãs o quanto é importante seguir firme, navegando por tempos difíceis. Uma deixa perfeita para que “Heaven”, canção do disco “Bloom”, fosse cantada em coro. Sem dúvida um dos momentos mais emocionantes da tarde. Pra ninguém botar defeito.
Na sequência, veio um segmento frenético. “Fools”, “Lucky Strike” e “Wild”. Antes desta última, aliás, o cantor brincou dizendo que conseguiu fazer seu aguardado rolê no Brasil, indo ao Beco do Batman – que ele descreveu como “suculento”.
Embora “i’m so tired” (featuring com Lauv em que o cantor discorre sobre estar cansado do amor) tenha emocionado e levantado as pessoas mais uma vez, foi em “1999”, seu dueto com Charli XCX, que as coisas pegaram fogo. Troye dança muito, viu?!!!! Suado e ao som de “Lindo, tesão, bonito e gostosão”, ele ressaltou o quanto o Brasil tinha sido importante nesta turnê e disse que adoraria que os pais estivessem ali pra ver a receptividade que teve.
Com novo figurino, o cantor anunciou o fim do show introduzindo os tais “hits pedidos pelos fãs”. Ao apresentar “Animal” como uma de suas faixas favoritas e escolher “My My My!” para sua despedida, regada a uma chuva de papeis picados, o que se viu foi o resultado final de uma entrega plena. Ojalá a prova concreta de que não só nosso coração era dele, como ele será sempre nosso!
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