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Listamos dez shows nacionais imperdíveis no Lollapalooza 2019!
Falta exatamente uma semana e a contagem regressiva para o festival Lollapalooza 2019, que acontece entre 5 e 7 de abril, já começou. Se você tem planos de dar um pulo no Autódromo de Interlagos nessa data, é bom se apressar. Já fez sua cola com as atrações que pretende ver?
Além dos já clássicos artistas internacionais que encabeçam o line-up (St. Vincent, Lenny Kravitz, Years & Years, Arctic Monkeys e Kendrick Lamar são algumas das promessas de arrebatamento geral), a lista de convidados deste ano veio bastante diversificada em suas propostas.
Muita gente toca em casa e a fim de facilitar o seu trabalho, resolvemos listar dez apresentações nacionais imperdíveis. Shows que você realmente precisa parar e apreciar com calma, pra conhecer a seleção desse retrato genuíno do que o Brasil tem ouvido. Do rock goiano à sofrência pop de Recife.
Vem com a gente!
Duda Beat
Seria impossível começar não falando de Duda Beat. A cantora, pernambucana radicada em São Paulo, toca bem no início dos trabalhos. O show dela rola no sábado, às 12h20 – horário é perfeito pra ir sentindo a vibe colar bem devagarinho – tal qual o mix de sentimentos expresso no álbum de estreia dela, “Sinto Muito”, lançado no fim do ano passado.
Nas letras compostas pela moça estão temas como desilusão, decepção e conflitos que envolvem qualquer relacionamento. É um álbum romântico, delicioso e bastante confessional, sempre embalado por um som rico em batidas eletrônicas. Quem já viu ao vivo sabe como essa melancolia é gostosa de se ouvir (e sempre vale a pena repetir).
Luiza Lian
Ano passado, o terceiro disco de estúdio dela, “Azul Moderno”, emplacou em quase todas as listas de melhores do ano – além, é claro, dos nossos ouvidos. Luiza Lian, pra quem ainda não conhece, tem um trabalho que mescla força, ternura e uma essência feminina que poucas artistas conseguem captar com tanta fluidez. Ouvi-la é como se estivéssemos recebendo um abraço bom <3
Dona de um som cheio de elementos que se apoiam tanto nas composições eletrônicas, quanto nas referências ancestrais, a sensação que se tem ao dar play nos trabalhos da artista é a de que existe um elo entre o passado e o futuro sendo traçado. Ao vivo não poderia ser diferente. Artista de verdade, que só cresce!
Liniker e os Caramelows
Embora Liniker e os Caramelows digam no ato de abertura de “Goela Abaixo”, seu novo disco de estúdio, que “ouviram dizer que colocaram seus corações numa estante de brechó”, as coisas não são bem assim na vida real. Eles são aclamados em estúdio e no palco. Tanto que com a turnê do disco “Remonta”, feita ao longo de dois anos, passaram por praticamente todas as capitais brasileiras e ainda percorreram vinte países.
O resultado destas experiências, além do álbum gestado na estrada, é uma maturidade e uma segurança que permitem que as canções fiquem ainda mais belas e profundas ao vivo. Vale assistir pelo repertório clássico, pela novidade, pela entrega de todos os integrantes e pela possibilidade de surpresa hahahahaha Liniker já disse que quer um featuring com a Jorja Smith. Um sonho se rolasse (estamos sendo Alices?).
A faixa seguinte, que dá título ao disco, é uma das que a gente mais quer ver ao vivo.
Carne Doce
Aqui vai um clichê: Goiás já deixou há muito tempo de ser sinônimo de sertanejo e vem lapidando nos últimos anos pedras preciosas da música alternativa. Quando a Carne Doce foi formada em 2013 pelo casal Salma Jô e Macloys Aquino, o som deles foi descrito como um “indie rock levemente psicodélico”. De lá pra cá muita coisa mudou, três discos chegaram e além de rodar boa parte do país tocando nos principais festivais do circuito, eles assumem agora uma pegada mais pop com o lançamento do álbum “Tônus”.
O mais legal desse projeto, além das letras menos óbvias e inteligentes de Salma, é a identidade visual assumida a partir da composição meia-calça + luz negra + dança – um espetáculo que torna a presença da vocalista magnética, tanto para os demais integrantes da banda, que parecem orbitar ao seu redor, quanto para o público que sequer pisca enquanto ela domina o palco.
Letrux
Já pensou no que levar pro festival? Se o show da Letrux está na sua mira, é bom priorizar antes de mais nada seu melhor look e delineador. Parece que é que é bad, mas vamos adorar ver o disco “Letrux em Noite de Climão” outra vez no palco, agora durante o dia. Lançados em 2017, os temas do material já rodaram o novo e o velho mundo (o grupo segue em turnê pela Europa neste exato momento, desembarca direto para o Lolla) e são a prova de que boa poesia é aquela que se firma como atemporal.
De aeroporto em aeroporto, cidade em cidade, o toque de Letícia Novaes e sua trupe é sempre certeiro. Vai no fundo da alma mesmo. Catarses múltiplas e uma identificação imediata com situações tão comuns, mas tão especiais ao mesmo tempo, são o que vão definir essa apresentação.
Ver Letrux ao vivo é um privilégio. É enérgico, é tragicômico e assim que eles saírem do palco, você vai pedir mais.
Scalene
Os rapazes da Scalene são sim uma das nossas maiores paixões do rock nacional. Além de ter uma identidade muito própria, cheia de camadas que tornam seu trabalho um dos mais belos do gênero, existe também uma urgência em falar sobre determinados temas da sociedade – sem dúvida um dos pontos alto do show da banda, que toca na tarde de sexta-feira (5) no festival.
Quer saber o que mais rola nesse show? Surpresa! Foi anunciado ainda agorinha, na manhã desta sexta-feira (29) que BK, outra das atrações confirmadas no Lolla, sobe ao palco para uma colaboração. Juntos eles lançaram hoje de manhã o single “Desarma”, que traz uma mensagem sobre a importância da paz.
Iza
Deusa-mór do pop brasileiro! O show da Iza é sempre um espetáculo e, após ter tocado no Lolla em 2018, ela volta para uma apresentação ainda mais especial. Naquela ocasião, a cantora subiu ao palco Budweiser, onde dividiu os vocais com Rincón Sapiência em versões alternativas de “Pesadão” e “Ginga”. Agora, ela chega com destaque e repertório ainda maiores (nada mais justo pra detentora de um dos melhores álbuns de pop lançados no último ano).
Quer saber? Nosso corpo tá pronto pra repetir a dose do bloco “Pop Como Te Gusta” e se jogar, indo até o chão com a cartilha de hinos dela. É divina e maravilhosa, sim! Iza é gigante e infinita. Talento em pessoa.
Aláfia
Descrita como dona de um “funk candomblé”, a Aláfia é um projeto paulistano que tem como integrante ninguém mais ninguém menos que Xênia França! <3 Ao lado dela, outras nove pessoas (Jairo Pereira, Eduardo Brechó, Fabio Leandro, Alysson Bruno, Filipe Gomes, Gabriel Catanzaro, Gil Duarte, Lucas Cirillo, Pipo Pegoraro e Victor Eduardo) colaboram na criação de um trabalho único, com muito conceito, experimento e referências de matriz africana.
Palcos da Colômbia, Chile, Cuba, Uruguai, e Europa já os receberam para ouvir letras que abordam não só questões atuais, como também trazem uma pegada social. Nada de ficar parado quando eles subirem ao palco, tá? Quem já viu essa galera ao vivo sabe: é impossível não se deixar levar pela batida.
Se você é de fora da capital, também fica a dica. O álbum mais recente deles, “SP não é Sopa – Na beirada esquenta” é uma verdadeira trilha sonora da metrópole.
E a Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante
O primeiro disco de E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante, “Fundação”, chegou no ano passado. A proposta é bem ousada, já que o grupo tem como foco principal seu trabalho com os instrumentos, deixando as composições e o lirismo em segundo plano.
Formado em São Paulo pelos jovens Lucas, Luccas, Luden e Rafael, o quarteto foi ainda mais a fundo em um processo de auto-conhecimento neste projeto, diferenciando-se um pouco mais dos primeiros singles e inserindo em sua identidade novos toques de guitarra e aparatos eletrônicos. Um som pra ser sentido na brisa da tarde.
Tribalistas
“Eu gosto de você e gosto de ficar com você”. Tem verso mais representativo do show dos Tribalistas? A gente adora, é uma essência bela demais. Daquelas que nos fazem pensar em como quase vinte anos após seu debut essas canções seguem fazendo parte da trilha sonora não só de casais apaixonados, mas também de amantes da vida. Por falar nisso, o trio, que anunciou em 2017 sua reunião e o lançamento de um álbum inédito, fez apresentações lotadas em todo o país. Agora, de volta a São Paulo, é um dos headliners do festival.
Com composições que falam essencialmente de amor, liberdade e poesia, podemos nos encher facilmente de orgulho pra dizer que o grupo formado por Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Marisa Monte é mesmo um dos maiores representantes da música popular brasileira contemporânea. A aposta para esta setlist está nos grandes hits, que perpassam os dois trabalhos de estúdio da banda.
Aliás, já ouviu o álbum novo deles, “Tribalistas Ao Vivo”? É uma boa dica pra esquentar!
Agora diz pra gente: em qual desses você vai colar na grade? A programação completa, com os horários, pode ser acessada clicando aqui. Bom show!