Que noite. Que noite! Rolou neste último domingo (10) a 61ª entrega do Grammy Awards, a maior premiação da música. Desta vez, o inesperado foi o que deu o tom quando as categorias começaram a ser entregues, a começar pelo maior indicado, Kendrick Lamar. Ele concorria em oito categorias, mas só levou uma pra casa, a de Melhor Performance de Rap. Ele também disputava o gramofone de Álbum do Ano, que acabou indo para a Kacey Musgraves!
O disco dela, The Golden Hour, também venceu os prêmios de Melhor Álbum Country e ela ainda abocanhou as estatuetas de Melhor Álbum Country, Melhor Música Country e Melhor Performance Country Solo. Na hora da revelação, nem ela acreditou hahaha
Na hora do show, ela escolheu o single Rainbow. Como o próprio nome diz, o palco foi tomado pelas cores do arco-íris <3
As surpresas também ficaram por conta do prêmio de Gravação do Ano, um dos mais importantes. Nesta categoria, quem se deu bem foi Childish Gambino, com This Is America. Uma vitória super relevante e importante para a política e para o combate ao racismo. Uma pena que o Donald Glover não foi à premiação.
Que Ally que nada. Quem subiu ao palco para cantar Shallow na TV pela primeira vez – e nos deixou igualmente atônitos – foi a persona inconfundível de Lady Gaga. Vencedora de três prêmios, ela surgiu platinadíssima da cabeça aos pés e dividiu os holofotes com o parceiro de composição Mark Ronson.
Quem esperava uma apresentação contida, como a personagem do filme, foi pego por uma atitude totalmente rock n’ roll em uma apresentação que foi certamente a mais esperada da noite. É artista, gente! Olha essas notas alcançadas!
Lembra que a gente comentou sobre política ao falar do prêmio de Gravação do Ano? Pois bem, o assunto também fez parte da apresentação da Camila Cabello, que ao lado de Ricky Martin e J Balvin incendiaram o palco do Staple Center ao som de Havana. Muy latinos, os três deixaram um recadinho sutil sobre a construção do muro na fronteira do México com os Estados Unidos.
Tudo muito colorido, era como se Cuba estivesse ali mesmo.
Outra coisa legal também rolou quando a ex-primeira dama, Michelle Obama, subiu ao palco de surpresa! Como quem estava apresentando era a Alicia Keys, ela chegou e disse que ia convidar algumas de suas irmãs. Foi então que Jennifer Lopez, Jada Pinkett Smith e Lady Gaga surgiram acompanhadas de Michelle!
Juntas elas falaram sobre o poder transformador da música.
“Dos discos da Motown até as canções de Who Run the World que me alimentaram nessa última década, a música sempre me ajudou a contar minha história e eu sei que isso é uma verdade para todos aqui. Quer gostemos de country ou rap ou rock, a música nos ajuda a compartilhar a nós mesmos: nossa dignidade e tristezas, nossas esperanças e alegrias. Nos permite ouvir um ao outro, a convidar um ao outro. A música nos mostra que tudo o que importa, cada história dentro de cada voz, cada nota dentro de cada canção. Certo, garotas?”
Das grandes parcerias desta ocasião, a gente faz questão de citar duas. A primeira delas, entre Shawn Mendes e Miley Cyrus, que para cantar In My Blood, um dos maiores sucessos do príncipe Shawnzinho, entregaram toda a sua energia no palco. Foi lindo <3
Outro momento super legal rolou quando a dupla St. Vincent e Dua Lipa subiu para tocar MASSEDUCATION e One Kiss. A gente ficou sem palavras. Sentiram um calor aí também?
Uma das bandas que fazem parte da história do Grammy, os caras do Red Hot Chilli Peppers subiram ao palco ao lado de Post Malone para tocar um dos singles mais recentes da banda: Dark Necessities.
Um daqueles momentos de tirar o fôlego!
A noite também foi de tributos. O primeiro deles rolou em homenagem a Dolly Parton, rainha do country! Quem abriu os trabalhos foram duas fadas, Kacey Musgraves e Katy Perry, que juntas apareceram no palco cantando Here You Come Again.
Na sequência, já acompanhadas da própria Dolly, eis que surge a afilhada, Miley Cyrus, para reviver o clássico Jolene. Lembra que ela até regravou a faixa?
Poderosíssimas, elas seguiram cantando After The Gold Rush, agora na companhia de Maren Morris. Também rolou Little Big Town ao lado da galera do Little Big Town antes que todos voltassem ao palco para celebrar a vida e a obra desta que é uma das gigantes da indústria.
Outra apresentação curiosa foi a da H.E.R., que chegou de óculos escuros, vestindo um figurino todo brilhoso e mandando ver na guitarra. Uma daquela vozes que fazem a gente parar tudo o que está fazendo pra ouvir. Ela concorreu ao prêmio de Artista Revelação em R&B, 21 anos de idade… gente <3
A gente queria muito ter 1% do estilo e da criatividade da Janelle Monáe. Com a guitarra nas mãos e acompanhada de várias dançarinas, ela arrebentou ao som de Pink. Abençoada por Prince e por todo o poder feminino.
Uma pena não ter levado nenhum prêmio dos quais estava indicada.
Cardi B foi outra que fez todo mundo se levantar. Ao som de Money, seu último single, a cantora transformou o Staples Center em um cabaret cheio de luxo e de muitas dançarinas. Pura ostentação!
Alicia Keys também fez a nossa felicidade ao deixar por alguns momentos sua função de anfitriã e tocar algumas canções que adoraria ter composto. Vencedora de 15 Grammys, ela dedicou música pro boy, soltou a voz e tocou clássicos do Coldplay, do Drake, da Lauryn Hill e do Jay-Z no piano.
Mas a parte mais glamourosa da noite foi dela, a dama da noite! Comemorando seus 75 anos de vida, Diana Ross surgiu vestindo um vestido todo vermelho e, ostentando a cabeleira e a voz que a tornaram conhecidas no mundo todo consolidando de uma vez por todas sua carreira, cantou algumas de suas canções mais conhecidas.
Ovacionada e lendária, sem mais!
Homenageando a Motown Records, gravadora que lançou nomes singelos da música como Steve Wonder, Michael Jackson, a própria Diana Ross e Marvie Gaye, Jennifer Lopez mostrou que é ARTISTA mesmo e subiu ao palco cantando hits que servem ainda hoje de referência para a música de modo geral. Em 2019, a empresa festeja seus 60 anos de existência.
Nada mais justo que comemorar com a energia da JLo. Meu Deus, olha essa coreografia! Olha esses hits! Teve
Corta pra parte em que as categorias mais importantes da noite são reveladas. Pra começar, H.E.R. levou o prêmio de artista revelação e Melhor Álbum de R&B. Ela convidou toda a equipe pra subir ao palco e emocionada, agradeceu a uma lista enorme de pessoas que tornaram aquele prêmio possível. Foi cortada, como algumas outras pessoas, mas deu pra perceber que humildade é isto hahaha <3
Esse momento foi da Cardi B, que se tornou a primeira rapper feminina da história a vencer a categoria de Melhor Álbum de Rap. Ela ficou completamente sem palavras na hora de receber o prêmio e, mais tarde, dedicou o gramofone ao colega Mac Miller, que morreu ano passado e concorria com ela na mesma categoria. Fofa <3
Além dela, a Dua Lipa também se deu bem e levou pra casa o gramofone de Artista Revelação. Em meio às lágrimas, a cantora britânica fez um discurso motivacional e disse pras pessoas não desistirem nunca dos seus sonhos, porque no fundinho, elas sabem que merecem.
“Não importa de onde você é, ou o seu passado, ou o que você acredita, nunca deixe que isso atrapalhe você e seus sonhos, porque você merece”.
Quem também quis emocionar foi Brandi Carlile, que mais uma vez trouxe seus vocais inconfundíveis para dar vida ao single The Joke, um dos mais poderosos de seu catálogo. Lindo demais esse trechinho <3
Pra encerrar, a emoção tomou conta e o Grammy celebrou a vida e a obra de Aretha Franklin, falecida no ano passado. Homenageando-a com mais um tributo, desta vez comandado pelas cantoras Yolanda Adams, Audra Day e Fantasia, a homenagem trouxe aos presentes uma interpretação de (You Make Me Feel Like A) Natural Woman, uma de suas músicas mais conhecidas.
Vozes de cristal que resgataram aquele sentimento de plenitude que só Aretha conseguia provocar. Assista:
Agora vem ver a lista completa de vencedores:
Álbum do Ano
Golden Hour, Kacey Musgraves
Gravação do Ano
This Is America, Donald Glover & Ludwig Goransson
Melhor Artista Revelação
Dua Lipa
Melhor Álbum de Rap
Invasion of Privacy, Cardi B
Melhor Álbum de R&B
H.E.R., H.E.R.
Melhor Canção de Rap
God’s Plan, Drake
Melhor Performance de Rap (EMPATE)
King’s Dead, Kendrick Lamar
Bubblin, Anderson Paak
Melhor Álbum Country
Golden Hour, Kacey Musgraves
Música do Ano
This Is America, Childish Gambino
Melhor Performance Pop de Duo ou Grupo
Shallow, Lady Gaga & Bradley Cooper
Melhor Performance Pop Solo
Joanne (Where Do You Think You’re Goin’?), Lady Gaga
Melhor Álbum Pop Vocal
Sweetener, Ariana Grande
Melhor Álbum de Pop Vocal Tradicional
My Way, Willie Nelson
Melhor Gravação Dance
Electricity, Silk City, Dua Lipa, Diplo e Mark Ronson
Melhor Álbum Dance/Eletrônico
Woman Worldwide, Justice
Melhor Álbum Contemporâneo Instrumental
Steve Gadd Band, Steve Gadd Band
Melhor Performance Rock
When Bad Does Good, Chris Cornell
Melhor Performance de Metal
Electric Messiah, High On Fire
Melhor Canção de Rock
Masseduction, St. Vincent
Melhor Álbum de Rock
From The Fires, Greta Van Fleet
Melhor Álbum de Música Alternativa
Colors, Beck
Melhor Performance de R&B
Best Part, H.E.R. e Daniel Caesar
Melhor Performance de R&B Tradicional
Bet Ain’t Worth The Hand, Leon Bridges
Melhor Música de R&B
Boo’d Up, Ella Mai
Melhor Álbum Urbano Contemporâneo
Everything Is Love, The Carters
Melhor Performance de Rap Cantado
This Is America, Childish Gambino
Melhor Performance Solo de Country
Butterflies, Kacey Musgraves
Melhor Performance de duo ou Grupo Country
Tequila, Dan + Shay
Melhor Canção Country
Space Cowboy, Kacey Musgraves
Melhor Compilação Para Mídia Visual
The Greatest Showman, Hugh Jackman
Melhor Trilha Sonora Para Mídia Visual
Black Panther, Ludwig Göransson
Melhor Canção Escrita Para Mídia Visual
Shallow, Lady Gaga e Bradley Cooper
Produtor do Ano, Não Clássico
Pharrell Williams
Melhor Clipe Musical
This Is America – Childish Gambino
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