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Nasce uma atriz: uma reunião de provas de que Lady Gaga sempre soube atuar

Dois mil e dezoito não teve pra ninguém. Foi o ano dela: Lady Gaga! A cantora brilhou nos cinemas de todo o mundo ao interpretar a doce Ally, protagonista de Nasce Uma Estrela.

Um dos filmes mais aclamados do ano em público e crítica, a obra nos fez chegar a um consenso: Lady Gaga sabe atuar.

Durante uma das premières do filme, em Londres, Gaga fez uma retrospectiva de sua carreira e lembrou de seus inícios, quando ser atriz ainda era um sonho distante…

“Eu queria ser atriz antes de me tornar cantora, mas eu não podia fazer isso. Eu era tão ruim atuando, eu nunca consegui um emprego”.

Dá pra acreditar? Pois é justamente em busca do passado dela que nós mergulhamos! No início de dezembro, a artista recebeu sete indicações às duas maiores premiações do cinema, o Oscar e o Globo de Ouro.

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Como foi que Gaga se transformou tanto em tão pouco tempo? Afinal de contas, ela só tem dez anos de carreira. Essa veia dramática sempre esteve aí? A resposta é SIM e nós podemos provar!

Lá em 2008, ainda divulgado o disco The Fame, sua estreia na indústria, Gaga estourou com quase todos os singles lançados. Mas foi em Paparazzi que ela nos deu a primeira prova de que sabia ser atriz. No clipe, a artista encarna uma vilã meio Paola Bracho que alega ser inválida, mas no fim só quer envenenar seus parceiros.

Muito artística, dando indicativos de uma interpretação intensa. Relembre!

Dois anos depois foi a vez de um dos maiores marcos da música pop acontecer: Telephone. Considerado um dos duetos mais emblemáticos do gênero, Gaga e Beyoncé dão vida mais uma vez a duas foras da lei: uma assassina e sua cúmplice. Juntas, elas fogem pelos Estados Unidos cometendo crimes – um dos trabalhos mais primorosos da artista, e que nos faz chorar ainda hoje por uma continuação, affffff!

Diz aí pra gente se esse trabalho não é o aperfeiçoamento do que foi feito lá em Paparazzi? O clipe, ainda por cima, foi dirigido em formato de curta, agora contando toda uma história. Prática, já dizem os grandes mestres, é tudo nessa vida. Espia só:

No ano seguinte, um marco: Lady Gaga faria seu primeiro dueto com Tony Bennett, um dos gigantes do Jazz. Com essa voz, ela poderia fazer os duetos que quisesse em qualquer gênero, e cá entre nós? A gente tem certeza que Gaga estava na chuva era pra se molhar: ela poderia muito bem estar a fim de mostrar todo o seu potencial para participar de um musical, quem sabe?

Bem ao estilo “ME NOTA, POR FAVOR!”. A gente notou sim! Sente só esse cover maravilhoso de The Lady Is a Tramp:

Muita gente não gosta muito do ARTPOP, um dos discos mais famosos da carreira dela. Lançado em 2013, há quem diga que o disco é confuso, sobrecarregado de instrumentos, com letras dispersas… conversa fiada!

ARTPOP é sem dúvida um indicativo de que a arte sempre esteve com a Gaga! Olha isso, gente! Que artista sensível, capaz de perceber todas as nuances de um trabalho, de criar personagens, situações, encarnar desde uma mulher árabe com sua burca, até uma cigana que anda pelos quatro cantos do planeta…

Neste disco, está a personificação de TUDO o que uma atriz precisa. Fala se isso não foi mais um sinal de que ela merecia receber um convite pra atuar? Ela poderia muito bem ter interpretado Donatella em American Crime Story. Rainha incompreendida.

Dois mil e catorze também foi o ano do Jazz! SIM! Gaga abriu a geladeira pra pensar e foi se aventurar pelos caminhos floridos do gênero de Tony Bennett, que a convidou para gravar um disco inteirinho com ele.

Novamente, mostrando-se versátil e comovente, o resultado foi um dos discos mais maravilhosos do ano. Em uma das ocasiões em que promovia Cheek To Cheek, Gaga usou um figurino inspirado na Cher para cantar o clássico Bang Bang. Já pensou se algum dia rolasse um filme biográfico do ícone? Gaga poderia muito bem assumir o papel.

Encarnou real! Voz do milênio, sem mais.

Corta pra 2015: entrega do Oscar. Uma das maiores emoções da nossa vida aconteceu quando Gaga foi convidada para se apresentar na premiação. Na ocasião, ela encarnou a vibe do filme A Noviça Rebelde, que completava naquele ano seus cinquenta anos de lançamento.

Um dos momentos mais lindos da história recente do show que, de uma forma ou de outra, em meio a tanta força e tanta doçura expressas naquele palco, piscava pra gente dizendo “ela poderia muito bem ser transportada para aquela narrativa e ser uma noviça rebelde”. Indicativos reais, gente! Olha a prova do apuramento que o tempo traz!

O Oscar realmente precisava dela. Em 2016, Gaga voltou à premiação, desta vez para falar de coisa séria. Ela tocou Till It Happens To You, uma canção profunda e delicada, em que o tema central são abusos sexuais ocorridos em escolas norte-americanas. A faixa, foi escrita para o documentário The Hunting Ground, que aborda a temática.

Gaga também sabe falar de coisa séria, e dava provas naquele momento de que poderia muito bem imergir em um universo que não fosse o do entretenimento. Quem sabe um filme baseado em fatos reais? Naquele dia, ela não levou o prêmio de Melhor Canção pra casa, mas ganhou os nossos corações.

Mas a gente sente que nada disso aconteceu porque Gaga não estava pronta. Como boa ariana, a cantora sempre buscou entregar o que há de melhor. De modo que, naquele mesmo ano, chegou até nós um disco totalmente diferente dos já produzidos até então.

Era a vez de Joanne, um trabalho intimista e simples, mergulhar em histórias como a da garota que ganha a vida na noite em Diamond Heart, na biografia da tia Joanne, ou de um sofrimento visceral provocado por um término (ou pela indústria, como você quiser entender), expresso em Perfect Illusion. O que dizer da jornada trilhada na letra de Million Reasons? ELA FALA SOBRE O QUÊ? SER PERSEVERANTE E FICAR!!! Assim como o sonho de ser atriz, lá no fundinho do inconsciente dela!

Neste clipe também tem há quê de atuação. Percebeu aquele sentimento de não saber o que fazer quando você tem mil outras coisas para lidar além das crises? Todo mundo passa alguma vez na vida. Olha aí, logo no início!

Tá tudo ali, gente! O drama fez Gaga se tornar uma camaleoa cada vez mais delicada e aderente às emoções da arte. Os trabalhos no cinema não demorariam a chegar!

Foi mais ou menos depois dessa época, que pintou o convite para interpretar Ally em Nasce Uma Estrela. Capacitada, madura, conhecedora de suas facetas… Gaga topou. ESSE MOMENTO FOI NOSSO! Atuação impecável, uma trilha sonora de chorar de tão linda… O que a gente pode dizer dessa trajetória?

Ok… Agora a gente precisa mesmo relembrar disso? Alguém esqueceu?

Gaga já tem um Globo de Ouro por sua atuação em American Horror Story, meus queridos…

Acreditamos que este é só o início. Vem chorar com a gente ouvindo Shallow:

Gaga, o nosso muito obrigado por ser a dona do cinema! O Oscar é SEU!

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