Lá em meados dos anos 1990, os Backstreet Boys surgiram como uma das grandes promessas da música pop – era a era das bandas e o sucesso foi instantâneo, é claro. Eles conquistaram multidões rapidinho e levaram uma legião de fãs à loucura – um caso emblemático foi aqui mesmo no Brasil, durante sua primeira passagem pelo País, em 2000.
Na ocasião, eles literalmente pararam o bairro de Copacabana e fizeram um show ali mesmo, só voz e violão, pros milhares de fãs que se aglomeravam no local.
Dezoito anos se passaram e o quinteto se prepara para lançar seu álbum de estúdio, DNA, com estreia marcada para o próximo dia 26 de janeiro. A divulgação tá fortíssima e desse material já saíram dois singles: Don’t Go Breaking My Heart e Chances.
Ontem (21) o Papelpop bateu um papo com o Kevin por telefone e ele contou pra gente um pouco do que esperar desse novo trabalho. Também falamos sobre essa onda dos comebacks e claro, sobre como ele percebe o apoio dos fãs brasileiros tanto tempo depois. Você lê a entrevista logo abaixo:
Oi, Kevin! Vocês lançam agora em janeiro DNA, o mais novo álbum dos Backstreet Boys. Os fãs brasileiros podem esperar algo de vocês?
Oi! Aaaah, claro! Eu acho que, sinceramente, nós fizemos um álbum especial. Fomos influenciados por tantos estilos diferentes da música, colocamos o nosso coração nisso e trabalhamos muito duro. Não queríamos que o disco parecesse mais do mesmo, colocamos nossa alma para que no fim tivéssemos algo especial em mãos. Então eu acho que os fãs brasileiros vão gostar muito do que vem por aí.
Você se lembra da primeira vez que os Backstreet Boys estiveram aqui no Brasil, especificamente no Rio? Eu estou perguntando isso porque, você sabe, vocês praticamente pararam Copacabana. Ninguém conseguia entrar ou sair dali!
(Risos) Sim, eu me lembro e foi incrível. As galera apareceu para nos ver e nós não podíamos acreditar que tanta gente, a perder de vista, pudesse estar ali. Aquilo foi chocante e ao mesmo tempo algo muito feliz. Bom, causou um pouco de medo, havia um mar de fãs. Como nem todos tinham conseguido nos ver, sentimos que tínhamos a obrigação de fazer algo por aquelas pessoas, então nós pedimos um microfone, um violão e cantamos algumas músicas ali. Foi maravilhoso!
Então eu suponho que você tem muitas boas memórias aqui?
Absolutamente boas memórias! A paixão que os brasileiros tem por seus ídolos, isso os difere absurdamente de outros lugares do mundo. A forma com que vocês apoiam um artista significa muito! Fora que estar aí é uma delícia, há sempre praias maravilhosas, uma música que sempre há algo a apresentar, e claro, uma cultura muito rica. Aliás, de onde você fala?
De Goiânia! É uma cidade próxima à capital, Brasília!
Legal, cara! O Brasil é lindo, estou dizendo.
Pois voltem! (risos). Bom, você falou em música… as Spice Girls estão com uma turnê marcada para o ano que vem. O que nós temos visto é que há uma onda de bandas e artistas fazendo seus respectivos comebacks. Você fica feliz em saber que alguns amigos seus, lá dos anos 1990, estão retomando suas carreiras?
Sim! Você sabe, isso é maravilhoso! Com as Spice Girls, por exemplo, me recordo de vários momentos ótimos enquanto estávamos em turnê na Inglaterra. Eu estou ansioso por esse retorno e desejo a elas muito sucesso.
Pelas fotos que sempre vi dos Backstreet Boys, vocês sempre tiveram uma amizade muito grande. Isso continua, mesmo tanto tempo depois?
Nós somos uma família, e digo isso especialmente porquê Brian e eu somos primos de verdade. Mas para além disso, nós cinco desenvolvemos uma relação de amor e de cuidado uns com os outros, tratando-nos como irmãos. São tantas lembranças que guardo com carinho, viajando ao redor do mundo, planejando o futuro, trabalhando duro, ensaiando… Foram tempos de muito suor, felicidade e lágrimas também, tudo isso juntos. Somos uma banda muito forte e eu acho que é ótimo termos nos tornado tão próximos, como irmãos. É aquilo que dizem, somos uma segunda família e fico muito grato.
Agora me fale um pouco sobre o novo álbum de vocês! O que ele tem de diferente dos demais trabalhos?
Olha, eu acho que foi um dos trabalhos mais intensos que tivemos, porque pensamos inicialmente em uma maneira de enxergar, em 2019, como continuaríamos sendo relevantes. Então buscamos entender o que estava acontecendo agora – por isso nosso trabalho tem tanta inspiração em jovens artistas. Por outro lado, nós tentamos representar o que fomos e o que seguimos sendo agora. Há uma fusão de gêneros, há hip hop, country, eletrônico, um pouco de gospel… fizemos um disco com todas estas influências e nos sentimos como se finalmente pudéssemos dizer que há uma confirmação de quem somos.
O single mais recente lançado por vocês, Chances, foi filmado em uma estação de metrô. Como foi essa experiência?
Uau, nós filmamos em Downtown, centro de Los Angeles, em uma estação tão bela e cheia de história, aquele lugar é um marco na Califórnia! Havia uma galera lá, dançarinos maravilhosos, foi um dos vídeos mais fáceis de serem gravados. Nos divertimos bastante. Começamos a gravar às 16h e à 1h da manhã do dia seguinte já tínhamos finalizado. Foi bem legal!
E daqui pra frente, para além do álbum, o que a galera pode esperar?
Bom, estamos muito gratos pois o disco está finalmente chegando, e o que dá para adiantar é que antes faremos alguns agrados, como um lyric vídeo e dois ou três pré-singles. Pra que a galera sinta um gostinho do que vem.
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