Fez frio neste domingo (21), mas embora o dia parecesse preguiçoso nada foi capaz de espantar a galera que esperava, ansiosa e em filas quilométricas, pra ver Shakira em cena com a turnê El Dorado. Enquanto o público ocupava seus lugares, rolou um momento super dance com os gatos do Cat Dealers, que fizeram o esquenta.
Antes mesmo da hora marcada, às 20h46 (o show estava previsto para as 21h), surge nos telões um vídeo retrospectivo, bem momento nostalgia em festa de debutante ~a intenção era deixar um lembrete sobre a emoção estar liberada e dizer que em algum momento das últimas duas décadas (!), alguma música da Shakira nos marcou de alguma forma.
Não poderia haver entrada melhor: logo de cara, a colombiana apareceu correndo no palco e soltando um “Boa noite, Brasil!”. Assim mesmo, em alto e bom português, com um pouquinho de sotaque e como se veria ao longo de outros momentos da noite. Um laço que já não pode mais ser rompido hahahaha
Linda, sorridente, e vestindo uma jaqueta de couro pra espantar o vento cortante, ela botou sem dificuldade todo mundo pra cantar em coro. Hit após hit. Para o ato de abertura? Um medley de Estoy Aquí/Dónde Estás Corazón?. Gostinho de anos 1990 <3
Não resta dúvida: a turnê é um espetáculo mesmo e tem o dedo dos fãs bem nítido. Com um setlist super diversificado, combinado a um espetáculo de pirotecnia, o primeiro bloco é o mais extenso e tem nove faixas (!) que percorrem todas as suas eras. Na sequência, surgem Si Te Vas, em sua essência rock, e She Wolf, que é puro dance.
Aliás, em She Wolf Shakira encarna a personagem da “diosa licántropa” e se liberta de suas amarras ~literalmente, porque em um momento super sensual, ela arrebenta um par de correntes que prendem suas mãos. Se você virasse a cabeça para trás, o que era difícil, bia que ninguém se movia. Todos hipnotizados.
Em seguida, Shakira para o show e agradece aos fãs pelo suporte dado a ela no ano passado. Na ocasião, ela havia tido sérios problemas nas cordas vocais e disse que os fãs foram verdadeiros amigos para ela. A gente vai te apoiar sempre, ícone!
Logo depois, aparece a primeira faixa de El Dorado, a romântica Nada. Envolvida em uma de suas baladas pop-rock mais emotivas, Shakira canta ali mesmo, em alguns momentos até ajoelhada na passarela, olhando nos olhos dos fãs. Aquela proximidade que já estamos acostumados <3
Alguém pediu reggaeton? Quando os acordes em violino de Perro Fiel começaram a soar no estádio, todo mundo se jogou! Ninguém tinha escolha, até porque nesta faixa há um medley com a peligrosa El Perdón, de Nicky Jam. FUEGO!
Pra acalmar os ânimos, Underneath Your Clothes e Me Enamoré. Momento romantismo total, não sabíamos se pensávamos no crush ou na Shakira <3 hahahaha
Entre os pontos altos do show, estão as baladas de longa data. Em Inevitable, por exemplo, faixa que completa neste ano seus vinte aninhos, Shakira fez com que muita gente caísse no choro já que para além da letra tocante, enquanto ela arrebentava na guitarra, celulares iluminavam a arena. Até tentamos disfarçar, mas a lágrima desceu.
Ufa. Depois desta primeira parte hiper agitada, um pouco de calma… errado! Shakira volta ao palco, brinca com o público e se joga em uma mesa de som para dar início a Chantaje! Maluma no telão, coreografia pesada, não há o que dizer, só sentir…
Entretanto, acima de qualquer sentimento nostálgico ou de números de dança implacáveis, o show é, como o próprio nome diz, uma caixinha de tesouros. Depois de um interlude super legal que conta uma lenda originária das primeiras civilizações que habitaram a América e que deram origem à lenda do El Dorado… tcharãn! Luzes baixas, fogo e, no palco, uma deusa pré-colombiana. Usando uma máscara sinistra e encarnando um novo número de dança, Whenever, Wherever nos deixa novamente prostrados. Shakira, nós aclamamos a ti!!!!
Para fazer jus a Ojos Así, que desta vez ficou de fora (#injustiçadafeelings), Shakira utiliza elementos da canção já no finzinho em um medley, promovendo um dos momentos mais catárticos do show. A gente sabe que a dança do ventre vem, mas é impossível não ficar estático, como se fosse a primeira vez.
As baladas, como comentamos lá no início, tem um lugar especial MESMO no coração de todo mundo. Para que todos nós possamos nos recuperar desse momento revival 2001, Shakira volta ao palco com Tú. Pura poesia. Daquelas provas de que música boa não envelhece, sabe?
Em Amarillo, momento fofo: enquanto Shakira colocava todo mundo pra bater palmas e cantava sobre a doçura de seu amor colorido, a galera resolveu encher balões em formato de coração e com as cores do Brasil. Awn <3 Reciprocidade é isso, tá?
Bomba Latina é o sobrenome de La Tortura. Com Alejandro Sanz no telão e um novo figurino, cheio de franjas, vivemos o melhor revival possível dos anos 2000.
No que se seguiu, veio engatilhada uma seleção pesadíssima de sucessos. Antología foi pra ninguém botar defeito. Simples, acústica e delicada, como de fato é o primeiro amor. Já Can’t Remember To Forget You foi totalmente repaginada e ganhou dois momentos: o primeiro, menos acelerado, pra galera sentir o reggae entrando pouco a pouco. já o segundo, de volta às origens, totalmente rock n roll. Lembra do clipe, já no finzinho, quando ela assume a bateria? Vimos isso se materializar na nossa frente. Beijos!
Mas nada fez o estádio ferver tanto como o medley de Loca/Rabiosa. Únicas faixas do disco Sale el Sol presentes, estas foram as eleitas para aquele que talvez tenha sido o momento mais insano de toda a noite.
Há ainda entre as ~muitas~ surpresas da El Dorado um bloco todinho dedicado às Copas do Mundo. Com outro medley, Shakira volta vestindo uma saia de longas penas vermelhas, cantando La La La (Brazil 2014) ~o verdadeiro hino da nossa Copa, quem concorda respira. Nessa hora, ela manda ver não só no rebolado, mas também ao comandar a plateia. Imagina só, orquestrar CINQUENTA E CINCO MIL PESSOAS com a coreografia de Waka Waka?
Alguns minutos para tomar fôlego, mais uma troca de roupas ~essa ali mesmo, no palco~, e recebemos o melhor presente que poderíamos querer de um show que dialoga o tempo todo com as origens e a exaltação da latinidade: Hips Don’t Lie. Não adianta, essa sempre será uma das melhores músicas dos anos 2000, e não o bastante, igualmente uma certeza de que os ritmos colombianos, como a cumbia, são a maior delícia. Calor é a palavra certa e aqueles quadris, meu Deus, não mentem mesmo hahahaha
Easter egg da noite: como não poderia ser diferente, La Bicicleta foi a responsável por coroar a turnê como uma super festa. Fomos todos ali rapidinho em Barranquilla, embalados pelo vallenato, outro tradicional ritmo de sua terra natal ~ que aliado à chuva de papéis coloridos, fez com que o sentimento fosse de pura sinestesia.
Ao fim, quando Shakira sinalizou seu até logo, a sensação foi a de que a turnê El Dorado, assim como a lenda, tinha nos conduzido a um reino cheio de tesouros. O maior deles, é claro, só poderia ser a certeza de que a próxima turnê nos espera e de que a paixão de Shakira pelo que faz é inesgotável ~e contagiante.
Fotos: Adriana Spaca.
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