Lembras da Ágatha, filha de Carminha (Adriana Esteves), na novela Avenida Brasil? Então, hoje ela está um mulherão da porra e se assumiu lésbica <3 A atriz, que mudou seu nome artístico para Karol Lannes, tem 18 anos e é um exemplo lindo para milhares de meninas da comunidade LGBT.
Ana Karolina perdeu a mãe com 4 anos e foi criada por dois pais, Fábio (seu tio) e seu marido João Paulo Afonso. Mesmo sido criada num ambiente livre de preconceitos, ela demorou para se abrir a eles. Disse em entrevista ao jornal Extra:
“Nunca escondi, mas também nunca falei com todas as letras. Até por conta dos meus pais, porque eu sei da exposição que isso causaria para eles. Mas eu acho que agora cada um está tendo a sua vida. Eu sou lésbica, e não é porque eu fui criada por pais gays. Esse julgamento é o meu maior medo.”
Continuou:
“Comentei com meus pais por eles serem mais próximos, mas meus avós e meus tios sabem por cima. Nunca conversamos muito. A reação dos meus pais foi de apoio e um pouco de receio por conta do que eu poderia sofrer. Eles perguntam como estou, como vai meu coraçãozinho… Eu sabia que era isso pra mim, mas não tinha necessidade de falar. Só resolvi contar quando achei que iria começar algo sério com alguém. Acabou não dando certo, mas valeu a pena por me incentivar a me abrir”
E comentou que, mesmo com pais gays, não escapou da heterossexualidade compulsória e dos padrões de gênero impostos pela sociedade:
“Eles me apoiam, perguntam se eu estou namorando e respeitam as minhas escolhas. Já vi muitos comentários no Instagram dizendo que eu ia ser lésbica porque os pais são gays, mas se dependesse dos meus pais, eu ia ser o hétero mais hétero do mundo, eu ia gostar de homem, porque a vida inteira eu vi eles falando de homens bonitos e isso e aquilo. E outra: os meus pais queriam que eu fosse a princesinha. Então, não tinha sentindo nenhum eu ser ‘sapatão'”.
Karol falou sobre a falta de representatividade de atrizes lésbicas assumidas na TV brasileira.
“São poucas as atrizes que são assumidas, porque elas têm muito medo de rejeição. ‘Ah, dizem que uma sapatão não pode fazer um papel hétero. Quantos anos já faz que essas atrizes têm essa sexualidade? Desde sempre. E por que agora? Porque agora a gente está tendo uma voz que vai contra uma voz que está nos difamando e nos ameaçando. Na época da escola, uns moleques pegavam no meu pé quando eu não queria ficar com eles, mas só. Não sofro preconceito, mas ele existe. Eu só ando com pessoas que eu sei que vão me aceitar do jeito que eu sou”.
E, por fim, falou que mesmo com a lesbofobia, ela é muito militante dos direitos LGBT!
“Hoje em dia, eu sou muito mais ativista. Aqui em Campo Grande, vou na Parada Gay, tenho um trabalho com a casa que abriga homossexuais despejados de casa. É uma causa muito linda. Eles fazem sarau, eu toco e canto. A casa em que eu toco (como DJ) é uma casa LGBT. E sempre que eu posso, eu divulgo as drags”.
AMAMOS 1 ÍCONE SAPATÃO <3
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