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Batemos um papo com o Atitude 67 sobre o novo DVD: “O pagode é muito forte, mais brasileiro que qualquer coisa”

Se você gosta de surpresas, de pagode e de músicas marcadas pela alegria, é bom se ligar na galera do Atitude 67. O grupo entregou um presente para os fãs nesta quarta-feira (5). Bem ambicioso, o projeto Laje 67 nada mais é do que um DVD digital que deve ser lançado em partes ao longo dos próximos meses.

De mansinho, sem prometer, o lançamento traz a princípio três faixas inéditas: Vem, Netflix e Com Quem Será. Com a proposta de divertir e de brindar a vida com o DVD, que no fim das contas pode sim ser considerado uma festa, o vocalista Pedro Pimenta, o Pedrinho, falou com o Papelpop.

Ele comentou sobre o processo criativo das faixas, a proximidade crescente dos integrantes com o público e as expectativas para o futuro, já que segundo ele, as coisas “têm ficado mais sérias”.

Vem ler:

Uma curiosidade: por que vocês decidiram lançar de surpresa o Laje 67 em vez de criar toda uma expectativa para os fãs?

A gente resolveu lançar de surpresa justamente no intuito de brincar, oferecer uma festa surpresa para o público. Sempre é especial quando tem uma festa surpresa pra gente, mostra que a gente se importa com a pessoa. A gente quis passar essa sensação, uma surpresa de uma grande festa! Tanto que tem a música ‘’Com quem será?’’ que traz esse clima de festa.

As gravações do DVD parecem ter sido bem divertidas. Foi uma festinha que durou o dia todo? Como foi?

A gravação foi irada! A gente só chamou amigo, todo mundo que foi é brother, alguns da infância, todos com uma energia que a gente queria. A gravação durou o dia todo, mas a vibe tava tão boa que a gente nem percebe, tava todo mundo muito feliz. Depois que acabou a gravação rolou uma festinha.

Eu sinto que é uma ideia que traz bastante da essência do pagode, que é juntar uma galera e tocar. Foi bem isso que vocês pensaram?

Foi exatamente o que a gente pensou! Queríamos que a vibe fosse exatamente essa. Achamos um lugar legal, subimos com os instrumentos e começou. Foi realmente assim, a gente achou o lugar lindo, subimos lá e fizemos tudo. Não sei se necessariamente tem a essência do pagode, ótimo se as pessoas sentiram isso. O que a gente queria era mostrar o que a gente fez a vida inteira, ir nos lugares e fazia música, independente da estrutura.

As músicas de vocês trazem vários assuntos rotineiros e populares até no título da música. Acham que isso é mais legal para aproximar a música do público?

São assuntos verdadeiros, a gente não faz pensando: ‘’Ah o público vai gostar.’’ A gente faz na premissa que a gente sempre falou, a gente escreve o que acontece com a gente, o que é a verdade pra gente. É aquela história de que se é verdade pra gente, pra galera também é verdade. Acho que o pessoal vai se identificar, são assuntos do dia a dia, situações que as pessoas que ouvem vivem também.

Eu li que vocês pretendem continuar com o Laje 67 no futuro. Vai ser algo meio com vocês organizando festas em outras lajes por aí?

Sim! Até as pessoas entenderem esse conceito vai demorar um pouco. A ‘’Laje 67’’ é uma série musical, daqui a pouco vai ter outra série musical com outro tema, o tema deste foi laje. As escolhas das músicas e do figurino, é baseada no cenário da série. As outras já estão na cabeça, mas não posso contar.

O Atitude 67 já tem mais de 14 anos e vocês receberam uma grande impulsionada desde o ano passado. Qual vocês acham que é a causa desse reconhecimento agora?

A gente tem a banda há 14 anos, mas nunca levamos a sério. Sempre foi um hobby. Durante 13 anos foi só um hobby. Ano passado foi o ano que a gente resolveu largar tudo e levar a banda pro lado profissional! Realmente concentrar toda energia, amor e carinho para isso. A grande mudança foi essa, sempre foi uma brincadeira e a partir do momento que a gente sonhou com isso e correu atrás, as portas foram se abrindo.

Vocês acham que o pagode é um gênero que persiste porque está associado com o bar, o encontro de amigos e a cerveja? Porque o rádio hoje insiste mais no sertanejo, no funk e no pop…

Eu não acho que o pagode é um gênero que persiste, ele é um gênero que existe e ele é brasileiro, só aqui que tem, ele é muito mais brasileiro que qualquer outro ritmo que esteja rolando ai. O que acontece é que esse grande acesso a tecnologia faz com que os produtos musicais da gringa acabam influenciando os ritmos daqui, o que eu acho muito bom. O pagode é muito forte, ele é mais brasileiro que qualquer coisa. A música é um ciclo, década de 90 o pagode tava muito forte, depois teve uma queda com a chegada do rock nacional. Aí na década de 2000 o pagode voltou e caiu com a chegada monstruosa do sertanejo, depois o funk. Nesse meio tempo o pagode nunca morreu, sempre teve fortes representantes. Então, ele não está relacionado a bar, encontro. Ele tá relacionado com a alegria, a alegria a gente encontra em diversos lugares, e onde tem pagode tem alegria!

Qual a melhor ocasião para ouvir o Atitude 67?

Existem duas excelentes ocasiões para ouvir Atitude 67. A primeira dela é se você estiver feliz, porque você vai olhar as coisas de uma forma leve e sentir o que a gente ta sentindo na música. Ou quando você está triste, que você vai ouvir e ficar feliz. O Atitude 67 é pra ouvir todo dia, você escuta quando está feliz ou triste!

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