Tenho certeza que vocês, talvez, tenham sentido o mesmo que eu. Ouvir as músicas do ABBA a gente faz desde sempre. Desde que nasci, meus pais ouviam em casa e eu cantarolava, ainda sem falar inglês, as melodias da banda sueca.
Porque música é algo universal e, às vezes, mesmo não tendo o domínio da língua, você entende ou sente o que está cantando.
Então… Eu pensava que entendia e sabia do que se tratava a música The Winner Takes It All, do ABBA, até ver a Meryl Streep cantando no primeiro Mamma Mia.
Minha mente explodiu. Essa artista é tão fantástica que até uma pessoa que não sabe inglês vai entender do que se trata a música só de ver a interpretação dela.
Vamos juntos? Dá o play e vem sentir esse drama comigo.
Logo no começo você nota que ela está machucada, segurando a emoção, explicando pra ele, COM O GESTUAL E COM O CORPO, que já tentou de tudo e a culpa é dele. Meryl balança a cabeça, como se estivesse desistindo porque sabe que não tem mais jeito.
Depois ela se afasta dele para cantar. Ou seja: eu desisti, eu tô aqui na minha, avaliando o nosso amor.
Mas ali, perto do minuto 1:02, Meryl volta até ele para relembrar os momentos que eles viveram e dizendo que foi otária porque fez tudo certo e de nada valeu.
Depois, no minuto 1:20, eu entendo mais um parte da letra só por causa da atuação de Meryl. Ela canta “The gods may throw a dice, their minds as cold as ice” e, só por conta dos gestos e expressões, você percebe que ela está dizendo que o destino pode até dar uma chance (“the gods may throw a dice”). Segundos depois, ela leva a mão na testa e aponta pra ele como se dissesse que ele é cabeça dura, teimoso, ou seja, “cold as ice” e por isso não deu certo.
Calma que tem mais. Agora vem a doooooor!
No minuto 1:55, ela pergunta se a atual mulher a beija como ela costumava beijá-lo. Essa parte da letra, pra mim, sempre foi muito cafona e humilhante, mas olha como a Meryl Streep faz! Ela ressignificou esse momento pra mim. Você entende como ela está machucada, você vê a dor. kkkkkkk
Meryl está quase chorando relembrando o quanto era lindo o amor entre eles. Ela mal canta porque está quase chorando. Depois, como pede a música, ela retorna à realidade e percebe que tudo acabou. Gente, é uma montanha-russa de sentimentos.
Agora olha o momento 2:57… A música some com as batidas. É o basta dela! É o chega! É o “desisti, Pierce Brosnan”. Meryl canta falando, dando o texto, dando a letra. É o ponto final.
Eu fico com dó porque no minuto 3:12 ela chega a pedir desculpas por estar tão insegura e sem confiança porque isso deve incomodar ele. Como assim, amigaaaaa? Seja feminista!
Mas aí depois ela extravasa e solta todas as estribeiras. Meu querido, agora é digno de Broadway. É interpretação enquanto canta. É de arrepiar. E aí a Meryl sai correndo.
Eu tenho ideia do quanto isso tudo é cafona? Opa, tenho sim. Mas o amor é mesmo cafona. E o que me deixa feliz, de todo jeito, vendo essa cena, é notar o quanto Meryl Streep faz muito com tão pouco. E tem mais: eu sei que ela não canta muito bem, naquele estilão Broadway. Mas isso importa? Ela faz você entender a músicaaaaa!
Eu dou um Oscar pra ela por essa cena. Parece fácil, mas vai lá e tenta fazer.
Queria falar de Meryl Streep que também aparece no segundo Mamma Mia que está em cartaz nos cinemas, mas não posso.
Bjos!
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