música

Anavitória fala ao PP sobre amor de verdade, sons do novo disco e próxima turnê

Foi lá em 2016 que duas meninas meigas, Ana Clara e Vitória, saíram de Araguaína, no interior do Tocantins. Na mala elas levavam não só o sonho de cantar, mas também de transformar o duo Anavitória em algo que tocasse o coração das pessoas <3

Não demorou muito tempo e o primeiro disco delas, autointitulado, virou febre. Àquela altura, elas falavam sobre o afeto, o amor puro e a ternura, pontos muito típicos dos primeiros amores.

No segundo disco delas, O Tempo é Agora, lançado no iníciozinho de agosto, as coisas mudaram um pouco de figura e quem falou mais alto foi um tipo de amor mais verdadeiro, com espaço para a dor e para o conhecimento de si – temas que a gente ama e que mais cedo ou mais tarde vai esbarrar na vida ~faz parte.

Divulgando esse trabalho, que chega junto ao filme Ana e Vitória, o duo conversou com o Papelpop e falou sobre uma porção de coisas, entre elas, sobre os novos sons presentes no material, a relação com o público e o que os fãs podem esperar da turnê!

Vem ler!

Papelpop: Vocês lançaram O TEMPO É AGORA de surpresa no início de agosto. Existe uma aura em cima do lançamento do segundo álbum. Foi difícil para vocês?

Ana Clara: Existe uma pressão, uma responsabilidade muito grande, sem dúvidas. Mas a gente levou numa boa, respeitamos o nosso tempo e acreditamos nesse trabalho tanto quanto em relação ao primeiro disco. Não à toa o fizemos e foi muito importante ter esse momento, de descoberta, de ir ao estúdio, de ter contato com coisas novas.

Vitória: Exatamente. A nossa participação foi mais ativa nas gravações, o som ficou bem diferente. Todos esses sonhos que se resumem na concretização dessa nova proposta se tornaram uma realidade nesse lançamento.

PP: Os comentários foram muito positivos de modo geral e eu notei que os fãs mais uma vez tiveram uma identificação muito grande com as letras. Como é perceber esse elo que se cria entre eles e vocês?

Vitória: Eu acho muito massa! Sempre falo sobre a ressignificação da arte. E isso acontece em todos os âmbitos, em cada expressão, em cada coisa feita, e significa de uma maneira diferente em cada pessoa, permitindo, sei lá, ter 37 milhões de interpretações. É tudo muito engraçado e muito bonito, notar como firmamos essa relação por intermédio das interpretações.

Vocês fizeram uma turnê com o Nando Reis recentemente e agora devem sair pelo país novamente se apresentando. Dá um frio na barriga essa véspera?

Ana Clara: Total! Muito frio na barriga, porque é começar do zero de novo. Na nossa primeira turnê a gente se acostumou com o som, entendeu, e o show foi tomando corpo na estrada. Não foi algo propriamente planejado, tanto que as últimas apresentações foram bem diferentes. Agora precisamos entender os instrumentos novos e organizar esse “bolo de som”, para só então começar a ganhar familiaridade com as músicas, porque nós ainda não as vivemos.

Vitória: O que é a maior delicia, a melhor parte, com certeza (risos).

Já dá para adiantar um pouco do que vem por aí? O que a galera pode esperar?

Ana Clara:É tudo novo, uma turnê bem diferente da primeira. Lógico que não vamos comparar e colocar as duas em um ranking, mas tem um lance de ser um cadinho mais pensado, sabe? A experiência, esses dois anos de estrada, fizeram com que nós duas víssemos muita coisa e quiséssemos colocar no show. Estamos realizando vários desejos que foram brotando ao longo desse tempo.

Vocês continuam falando de amor neste disco, mas agora há um amadurecimento nas letras. Percebi que o duo saiu de um mergulho no amor romântico para o amor real, certo?

Ana Clara: Sim, e foi algo natural. Muitas dessas músicas (do disco Anavitória) eu fiz com 17, 18 anos, e eu era muito nova. Fui inspirada por coisas que vivi àquela altura e agora chegamos até aqui com mais experiências, depois de quebrar a cara e se apaixonar… tudo isso serviu para compor esse novo momento. É normal, daqui a dois anos serão outras histórias, outras coisas. A gente muda e vai se percebendo, e esse disco fala muito de questões de amor próprio, de entender o seu espaço, o espaço individual das duas partes dessa relação.

Isso também se reflete no som, que como vocês disseram, teve novos instrumentos inseridos…

Vitória: Isso. Eu acho que foi a necessidade do show. Esse disco é fruto de uma ânsia por ter um show que a gente queria e fantasiava muito. O primeiro disco foi mais intuitivo, nunca tínhamos entrado em estúdio pra produzir. De lá para cá assumimos as rédeas, adquirimos experiência, firmamos parcerias, conhecemos maneiras de trabalhar e de moldar nosso pensamento. Era preciso fazer os sons crescerem e sair da caixinha. Ficar no mundo acústico dos violões seria fazer mais do obvio e do que era confortável.

 

Não custa lembrar que O Tempo e Agora está disponível em todas as plataformas!

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