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Jão fala com o Papelpop sobre carreira e como ficou “meio bobo” ao conhecer Anitta

Lá em 2016 a gente falou sobre um garoto que tinha postado um cover muito gostosinho de “Bang”, da Anitta. Hoje, muita gente já o conhece: Jão. O cantor pop veio da internet e, agora com um contrato de gravadora, está planejando seu primeiro álbum – ele também acabou de lançar o projeto “Primeiro Acústico”, EP com versões acústicas das canções já lançadas mais uma inédita.

Ontem o Papelpop conversou com o Jão e você lê a entrevista aqui embaixo:

PAPELPOP: Vendo seu trabalho desde o cover de Anitta, sempre pareceu pra gente que os visuais são uma parte muito importante do que você cria. Pra você, qual o papel de criar bons clipes?

JÃO: A música pop é muito pautada no visual. Lá fora, isso já é quase uma regra e agora está ficando assim no Brasil também. Inclusive algumas músicas se ressignificam completamente com um clipe, por exemplo. Pra mim, o pop é muito mais uma coisa narrativa do que um gênero musical. Artistas pop são aqueles que gostam de criar uma narrativa. Tipo a Anitta: a menina que saiu da favela e que ganhou o mundo, tratando de empoderamento feminino e tudo mais. Ela conta uma história com a música, visuais e o corpo dela, tudo amarradinho.

A pergunta sobre os visuais foi porque você se descreve essencialmente como um artista pop. Recentemente, a galera tem muito falado sobre trabalhos de “pop com propósito”, tipo o “Lemonade” da Beyoncé, o “Witness” da Katy Perry, “This Is America” e tudo mais. Até o “Brasileiro”, do Silva. Quais as principais mensagens que você espera que seu público capte das suas criações?

É uma coisa bem verdadeira pra mim: a mensagem de que nem tudo tem que estar sempre bem. Fui uma criança bem introspectiva, de poucos amigos, o que me fez perceber que às vezes as coisas não estão legais e isso faz a gente ser meio pessimista. E está tudo bem.

Você parece bem reservado. O contato com os fãs é uma coisa fácil? Você gosta do caos que eles te trazem?

Eu gosto muito! (risos) É engraçado como, mesmo sendo bem tímido, quando eu tinha que cantar, ou me apresentar de alguma forma, sempre me soltei muito. Sou bem aberto no palco, só que pessoalmente sou bem introspectivo mesmo. Mas é muito lindo ver tanta gente me acompanhando e torcendo por mim. É muito gostoso ter a galera se identificando com o que faço e querendo construir uma carreira comigo. Sou muito grato. Considero meus fãs como amigos mesmo, a gente se dá conselho e tal. É bem legal!

Ainda sobre quando você fazia covers pro YouTube: você produzia suas próprias versões, certo? Você ainda ajuda na produção musical? Foi difícil desapegar do controle total?

Sim, participo! Sempre fui muito controlador com tudo. Ainda sou bem metódico.

Ah, é? Qual é seu signo?

Sou escorpião com ascendente em escorpião, mas não entendo muita coisa disso, não! Não consigo não estar presente na parte musical e visual. Especialmente sobre produção de música, antes eu ficava sozinho no meu computador experimentando e agora a coisa é séria, porque preciso fazer uma música foda. E nisso, rolam alguns embates com meus produtores. Mas gosto muito disso, porque acho que estou crescendo muito.

Quais artistas você mais tem ouvido? Você tem um álbum preferido do ano?

Tento ouvir de tudo, porque não quero ficar de fora de nada. Tipo, entender o que está sendo feito pelo Childish Gambino, Marília Mendonça, Luan Santana… mas o que mais tenho ouvido é um álbum chamado “The Human Condition”, do Jon Bellion. E também gostei muito do novo disco do Shawn Mendes! Acho que ele realmente está encontrando o caminho dele, por estar tentando fazer algo diferente.

Em “Dança pra Mim”, você fala de Bowie. Ele é um artista que você ouve? Tem outros artistas que são uma referência pra você e que, às vezes, a galera nem imagina?

Tento olhar para todos os clássicos, porque eles tinham uma coisa que acho que falta hoje em dia: entregar música. A galera tem estado muito preocupada com tudo ao redor, em ser celebridade, que acho super legal, mas sinto falta de uma entrega maior à música mesmo. Um artista do qual gosto bastante é o Cazuza, porque tinha um poder muito forte de ícone, com as roupas e tudo mais.

Qual sua parceria dos sonhos?

Que difícil! Sou péssimo em escolher só uma coisa, que nem quando me perguntam minha cor preferida. No Brasil, acho que Anitta e Marília Mendonça. The Weeknd e Kanye West também.

Quais são outros artistas novos que você indica? Melhor ainda se forem brasileiros.

Tenho ouvido muito uma canção de uma artista chamada Nina Oliveira, “Naise”. É muito boa!

Você é muito tiete? Quem foi a pessoa que você ficou mais chocado em conhecer até agora?

Anitta. Eu nunca fico muito nervoso em conhecer ninguém, mas fui no camarim dela e ela me disse que adorava meu clipe. Aí só fiquei meio bobo e pensando “meu Deus, a Anitta sabe quem eu sou”. Mas ela foi muito simpática! É bem baixinha, mas tem uma imagem muito poderosa pessoalmente.

E como é seu processo de composição? Suas músicas são um reflexo direto das coisas que você vive, ou você dá um jeitinho de escrever sobre o que não viveu necessariamente?

Já tentei pegar umas horas em todos os dias só pra escrever, mas nunca funcionou pra mim. Meu processo de composição é bem caótico. O que mais tem dado certo é ouvir um álbum, ver um filme inspirador e aproveitar essa sensação. Algumas canções do meu futuro primeiro álbum vieram assim.

Você pode ouvir o EP “Primeiro Acústico” aqui:

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