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Candy Mel desabafa sobre campanha sem noção e pede desculpas
Além da Pabllo Vittar, quem também falou sobre uma campanha bizarra sobre o Dia Internacional Contra a Homofobia feita por uma rádio foi a Candy Mel.
A ação pede para que ouvintes digam qual seria a última música que escutariam se morressem por crimes de homofobia. Gente? Sem noção é o mínimo.
Embora Pabllo tenha esclarecido que não concorda com a campanha e que foi uma pessoa da sua equipe quem divulgou a mensagem, Candy esteve na rádio falando sobre o combate à homofobia e sobre sua vivência como parte da comunidade LGBTQ+.
Mas após a repercussão super negativa, ela se explicou em uma série de tuítes.
“A verdade é que tô cansada. Estou sempre sendo colocada em check (sic). Teste emocional, teste de talento, teste de conhecimento, teste de posicionamento político/social, teste de engajamento. TESTE! Faço o meu melhor e às vezes erro, sou humana e para além de humana, vivo o CIStema! Acho que contribuo no que posso, e muitas vezes contribuo naquilo que me machuca! Mas tô sempre presente porque acho importante a gente se posicionar. Falar de mortes de uma população nunca é fácil, pelo menos não pra mim. Me embarga a voz, me tira o pouco da esperança que tenho nos seres humanos, me destrói por dentro! Mesmo assim, engulo meu ego e vou lá. O que mais me chateia é ver que algumas pessoas esquecem que também sou trans. Que para além de uma luta de classes, somos as mais “DESCLASSIFICADAS”. Inclusive dentro do próprio movimento. Por isso silêncio. Silêncio. Existe um atravessamento muito grande antes da minha fala atingir seu foco. Me perdoem se não fui merecedora do orgulho de vocês. Mas infelizmente não é por isso que eu falo de transfobia! Quero pedir perdão por não ter sido tão observadora quanto a hashtag. Mas minha fala, apesar disso, foi bem pontuada.”
Ela também disse que não sabia da mensagem por trás da hashtag da campanha, #MinhaÚltimaMúsica:
“Eu não sabia do texto dessa hashtag! Acabei de ler e entendi. Tá tudo errado! O problema de vocês é que ao invés de explicar o que houve, me atacaram! Colocaram meu caráter e meu trabalho em questão. Infelizmente eu não soube desse tweet nem do significado dessa hashtag. Eu estou mal por ter sido atacada e por não ter tido conhecimento dela!”
Outras pessoas que foram à rádio também não ficaram sabendo do conteúdo da campanha, como o jornalista Fernando Oliveira e o Pedro HCM, do canal do YouTube Põe na Roda.
Eu fui dar uma entrevista sobre a luta contra LGBTfobia e não divulgar uma hashtag. Nem sabia que tinha hashtag no vídeo, eu tava em uma rádio, gente.
— Fernando Oliveira (@fefito) May 17, 2018
A gente não se meteu na campanha, eu nem sabia da mesma até terminar a entrevista e ver as msgs aqui. Tava lá sendo entrevistado, gostaria até q me informassem antes dessa campanha pq perguntaria no ar, nada a ver, parece uma celebraçãoa morte LGBT :/ https://t.co/Cs3g2mruYY
— Pedro HMC (@hmcpedro) May 17, 2018