Depois do lançamento de quatro músicas novas, “America”, novo álbum do Thirty Seconds to Mars, está finalmente entre nós! Nesta quinta (05), o Papelpop foi na audição oficial, organizada pela Universal Music Brasil. Vê só o que a gente achou do CD!
O último lançamento da banda era o “Love, Lust, Faith and Dreams”, de 2013. De lá pra cá, eles mudaram de gravadora, levantando uma questão: será que algo no som vai mudar? Mais liberdade, deixando agora os sons mais livres e experimentais, ou vão cair de vez no som mais comercial que estavam tendo? Parece que foi a segunda opção.
E sem tirar mérito algum! O disco funciona. O som é coeso, as canções têm produção interessante, os vocais de Jared Leto são sensacionais. Mas parece que falta uma identidade.
Algumas canções soam como Muse (com quem saíram em turnê no último ano), The Weeknd, um pouquinho de Green Day talvez, na faixa mais acústica. E, às vezes, parece que tudo foi pensado pra estar na trilha de um filme da franquia “Cinquenta Tons de Cinza’… Bom, as faixas são as seguintes:
O disco tem a proposta de ter várias capas, sempre com seis termos relacionados aos Estados Unidos: palavras ou nomes de pessoas e empresas. Leto disse em entrevistas que a ideia é brincar com os diversos significados que o país pode ter, criando um tipo de registro do tempo em que vivemos. Além disso, esses termos se relacionam com os temas das canções do disco.
Ainda nessa pegada meio política, Jared Leto está fazendo uma turnê pelos Estados Unidos para, além de divulgar o álbum, conhecer as histórias das pessoas — que tem muito a ver com o documentário que será lançado por ele este ano, “A Day in the Life of America”.
(essa foto faz parte da cobertura que a banda está fazendo no Instagram sobre a turnê.)
“America” tem fortes influências de uma coisa mais trap, com batidas eletrônicas de hip-hop e baixo muito presente. Honestamente, não impressiona tanto, porque esses elementos estão bem presentes na música pop comercial de agora.
Entretanto, isso muda com uma transição no som do álbum que acontece na faixa “Dawn Will Rise”: parece que a sonoridade do 30STM do “This Is War” está de volta.
Agora não há mais a bateria eletrônica meio trap. O som é de um kit mais acústico e rock, como nos trabalhos anteriores. Aliás, O CORAL VOLTOU. Sim, “Live Like a Dream” traz um coro e uma vibe que soa grandiosa como as canções mais antigas da banda.
A faixa “Monolith” é interessante por ser uma interlude com ares de trilha sonora à la Hans Zimmer. Ela se transforma numa ótima faixa do trabalho: “Love is Madness”, que tem participação de Halsey.
As melhores são, além de “Love is Madness”, “Dangerous Night” (que tem camadas de voz bem gostosas e batida interessante, produzida por Zedd), “Great Wide Open” (que abre a seção do disco que lembra os trabalhos anteriores da banda) e “Remedy”, toda no violão e voz. Aliás, não sendo cantada por Jared e sim por Shannon Leto, seu irmão e baterista do grupo.
O álbum já está disponível nas lojas e serviços de streaming, e você pode ouvir no player do Spotify abaixo:
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