Chegou a hora daquele balanço anual das obras audiovisuais que vimos ao longo do ano. E, sério, que ano foi esse? Foi só surpresa boa e listamos aqui os 20 clipes que mais nos surpreenderam em 2017.
Sabe o que é mais legal? Ao lembrar de todos, bateu o maior orgulho dos clipes nacionais. Nunca tivemos tantos vídeos “From Brazil” na nossa lista. O ranking não só avalia em nível técnico, mas o valor para a cultura pop, o comprometimento em passar uma mensagem, a viralidade e inovação.
Foi um ano de produções nacionais ótimas, combate à intolerância e dancinhas para a gente reproduzir. Vem relembrar com a gente:
IZA chegou neste ano e veio logo para impactar. “Pesadão” é um dos primeiros clipes dela e é ótimo ver que ela já conta com uma bela força visual com coreografia bem bolada, looks maravilhosos e produção.
Primeiramente, que acerto da Preta Gil essa parceria com a Gal Gosta! “Vá Se Benzer” é uma bela letra que combate a intolerância sem se esforçar para parecer “viral e da internet” e o clipe é maravilhoso com toda essa multidão dourada se amando com Preta e Gal brilhando demais.
Pharell fez um belo retorno de seu projeto que ficou anos sem novidades. O clipe começa com Rihanna raspando a cabeça da dançarina Mette Towley, que dança maravilhosamente pelo resto do vídeo e faz a gente ficar hipnotizados. Aliás, a coreografia é feita por JaQuel Knight, responsável pela dança icônica de “Single Ladies”, viu?
Dev Hynes sempre preza pela sensibilidade em seus clipes e este combo do disco “Freetown Sound” reune o que há de melhor dele: fotografia impecável, dança e o comprometimento em deixar a beleza negra em primeiro plano sempre.
St. Vincent é conhecida pelos clipes minimalistas e altamente coloridos. “Los Ageless”, do álbum mais recente, não é diferente e traz vários elementos animados ou símbolos para mostrar a obsessão americana por modificações estéticas e cuidado excessivo com o corpo. É ótimo!
Lorde retratou muito bem aquele momento de fossa em que estamos desesperados por qualquer manifestação de felicidade. Ela bota uma make e ganha as ruas sozinha enquanto dança daquele jeito completamente improvisado. Lorde se diverte com alguns momentos em que parece cair em si se perguntando o que está fazendo. É simples, mas é real ao ponto de pensarmos “Quem nunca, né?”
“Venus Fly” é o último clipe do disco “ArtAngels” e uma das faixas mais divertidas. Grimes se uniu à Janelle Monáe para fazer o que sabe de melhor: criar um ambiente cheio de referências nerd, com roupas medievais, espadas japonesas e tudo com looks bem classudos. Grande parte dos takes são em câmera lenta, deixando tudo mais hipnotizante.
Depois de uma fase pesada pós-divórcio, Björk volta com o álbum “Utopia” e mostra para o que veio no clipe de “The Gate”. Ela tá apaixonada e a fim de dar e receber amor. A islandesa mostra isso de forma linda ao trocar energias com uma figura mística, energia que cresce e evolui cada vez que transita entre os dois. Foda!
Charli XCX conseguiu reunir num vídeo só todos os nossos crushes famosos de 2017 e fez isso da forma mais pop possível. Ela colocou 60, SESSENTA!!, caras (entre eles, Diplo, Mark Ronson, Joe Jonas, Tom Daley, Cameron Dallas) para se sujar de chantilly, lavar carros, malhar, se lambuzar de panquecas… Amém Charli por inverter papéis e sexualizar homens num videoclipe.
Ficamos esses últimos anos torcendo pela vitória de Kesha contra os casos de assédio e abuso do produtor Dr. Luke. Após a luta, a cantora retorna com um clipe sensível, colorido e significativo sobre a época sombria que havia acabado de sair. Dá para sentir a força dela a qualquer momento e nos enche de felicidade vê-la assim.
Se falou muito em prevenção ao suicídio neste ano, principalmente após perdermos Chester Bennington. Bem nesta época, o Logic lançou um clipe para alertar. Ele não só avisa que o suicídio é um mal de uma sociedade intolerante mas também mostra uma linda história de amor entre dois garotos. O clímax é forte, mas dá esperança. Ah, e o nome da música é justamente o telefone para o Serviço de Prevenção ao Suicídio nos EUA.
Em tempos bizarros de um Brasil que tenta criminalizar o funk, Anitta vem e faz uma grande homenagem ao gênero que iniciou ela na música e que é o mais popular entre os brasileiros. E para o azar dos que odeiam, ela o fez bem agora que se lançou no cenário internacional. “Vai Malandra” tem funk e favela em seus mínimos detalhes e é visualmente icônico.
“BlasFêmea” é um curta que, além de lançar a faixa “Mulher” do álbum de estreia “Pajubá”, é uma grande obra sobre violência à mulher, marginalização das mulheres trans e luta. Ele começa com um ato artístico de culto ao pênis e depois a contradição: a vida dura de uma mulher que ganha a rua. Mal se dá para respirar durante toda a cena da violência contra Linn e um exército de mulheres indo defendê-la. Um videoclipe que precisa ser visto por todos.
“A Carne” é uma das músicas mais fortes de Elza Soares, vinda do álbum “Do Cóccix Até O Pescoço” de 2002. No Dia da Consciência Negra, ela ressignifica a música com um clipe que faz uma bela homenagem aos negros brasileiros. Enquanto ela canta “A carne mais barata do mercado é a carne negra”, vemos a tal carne sendo enaltecida lindamente.
Kendrick Lamar com trajes de kong fu fazendo rap num interrogatório com o ator Don Cheadle. Foda! Kendrick consegue essas coisas porque o mundo sabe que ele é um dos melhores artistas da atualidade. Em certo momento, o ator morre e o clipe acelera o ritmo junto com os versos e ficamos vidrados junto.
HAIM fez de “Want You Back” uma singela homenagem à Los Angeles com um clipe gravado na Ventura Boulevard, lugar que elas admitem ser um dos favoritos. O vídeo parece ser gravado num take só com as três dançando totalmente improvisadas numa avenida deserta e elas trouxeram para a vida real aquela vontade de dançar nas ruas ouvindo uma música que amamos no fone de ouvido.
É muito bem sabido que desenhos antigos americanos são extremamente racistas. O que JAY-Z fez? Usou disso para resumir décadas de racismo numa animação dirigida por Mark Romanek, um dos gênios dos videoclipes. É uma aula de história e um tapa na cara.
“New Rules” é um dos clipes mais pop do ano para um dos hits mais pop do ano. É o caso do clipe responsável por alavancar uma música, coisa que não vemos hoje em dia, e atingiu um nível de viral perto de “Single Ladies”. O tom de sororidade mostrado com dança, visuais coloridos e atuais e uma história bem contada com a música formam um combo que faz a gente ver de novo, de novo e de novo.
A gente listou “DNA.” lá em cima mas é em “HUMBLE” que lembramos o quanto Kendrick Lamar consegue elevar o nível de genialidade e inovação nos videoclipes. E ele faz isso há anos. A gente fica embasbacado cena atrás de cena. A construção da figura imponente de Kendrick vestindo trajes do papa é um afronte gigante. E a recriação da Santa Ceia? As cabeças em chamas? Quando a gente acha que ele chegou no limite, ele faz a brincadeira genial mostrando celulites e mulheres naturais ao lado de editadas. Uma obra prima.
Tivemos muitos clipes incríveis internacionais? Sim. Mas trazemos ao primeiro lugar um orgulho nacional nosso. A gente tem que celebrar nosso tesouro e nada se compara ao fenômeno pop que foi “K.O.”, divisor de águas na carreira da Pabllo.
Ótima produção (à nível gringo), com Pabllo contracenando com um modelo gaaaato. Há muitas referências pop, como o clipe de “Die Another Day” da turnê Sticky and Sweet da Madonna (o próprio produtor nos disse isso!) e aquela cena no chuveiro tipo “Fade” do Kanye? FODA!
O clipe já ultrapassa 250 milhões de visualizações, número incrível para um clipe aqui do Brasil! Que orgulho da Pabllo!
Rápido. Sem trapacear abrindo seu perfil no Letterboxd. Por qualidade, bilheteria, prêmio, meme ou qualquer…
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