Ver a segunda temporada de “Stranger Things” numa tacada só e ignorar o resto do mundo. Matar a saudade de Will, Eleven, Lucas, Dustin, Mike e as grandes aventuras da turma na pacata cidade de Hawkins. Foi assim o fim de semana de muitas pessoas ao redor do mundo, à frente de uma tela para assistir a um dos maiores fenômenos dos últimos tempos.
A pressão de lançar algo no nível da estreia foi correspondida. Os roteiristas trataram de amarrar o que ficou em aberto, expandiram o mundo e entraram de cabeça nos personagens em uma obra de nove horas. Para segurar a audiência e o hype não faltaram boas atuações, inserção de novos figuras cativantes, histórias de ficar estupefato, um bela fotografia e uma trilha sonora. Ah, as músicas que entrelaçam e dão cara as figuras da série.
Quando os episódios ainda estavam sendo gravados, a Netlflix divulgou que a trilha sonora seria assinada por Michael Stein e Kyle Dixon, do grupo eletrônico Survive. Eu sincronizei alguns discos deles e fiquei ouvindo no mês passado e é impressionante.
Eles foram feitos para “Stranger Things” ou para alguma trama que flerte com horror e seja passada nos 1980. Todos os discos deles tem elementos sombrios com sintetizadores e batidas eletrônicas. Ora mais dançantes, ora mais tensas.
Além dos sons da dupla que aparecem a todo momento na série, os criadores não economizaram em trazer nomes pomposos para compor a trilha. Duran Duran, The Clash, Police, Joy Division, Devo, Bon Jovi, Scorpions, Peter Gabriel, New Order, Cyndi Lauper e Corey Hart são alguns dos artistas que brilharam na década reconhecida pelo cabelo com laquê, maquiagem carregada e acessórios impactantes. A escolha da música de cada um foi na mais popular e certeira para os nossos ouvidos.
A escolha não foi baseada apenas em que estava nos charts neste período, mas a dupla também pensou em alguns heróis americanos como Jim Croce, conhecido pelos trabalhos incríveis de folk. Infelizmente, o jovem teve uma carreira curtíssima…
Iniciou em 1966 e terminou, de maneira trágica, em 1973, em um acidente aéreo. Croce é um queridinho dos cineastas. Ele já apareceu em “Django Livre”, “X-Men” e, por incrível que pareça, em uma novela da Globo chamada “A Próxima Vítima”.
Algo que “Stranger Things” fez bem na primeira e continua nesta temporada é de posicionar bem as referências. Foi assim com as músicas, games e também com outros filmes como “Caça-Fantasmas”, “Aliens – O Resgate”, “Gremlins”, “Contatos Imediatos do Terceiro Grau”, “O Ataque dos Vermes Malditos”, “O Exorcista” e mais uma porrada estão por ali.
A conciliação de uma trilha original talhada pelo Survive com grandes nomes da época encaixaram com uma luva e potencializaram cenas como o Baile de Formatura, a briga com Demogorgon ou a arrumação na nova casa de Eleven. “Stranger Things” levou tudo no Emmy e em outros festivais mundo afora, mas a parte musical da trama ainda não levou alguma estatueta para casa.
Quem sabe não levam algo nas próximas temporadas? Devemos ter alguns nomes grandes da música que ainda não deram a cara por lá como Madonna, Michael Jackson, A-Ha, Prince, Tears for Fears… Ansioso para ver e ouvir mais “Stranger Things”. E vocês?
Fita Cassete é o alterego de Brunno quando ele fala sobre o assunto.
Quer falar com ele? Twitter: @brunno.
* A opinião do colunista Brunno Constante não necessariamente representa a opinião do Papelpop. No entanto, por aqui, todas as opiniões são bem-vindas. :)
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