Se eu não estivesse trabalhando e não fosse o último dia eu provavelmente teria ficado realmente feliz com o atraso do Red Hot Chili Peppers. Não por nada, mas é que foi tudo tão cronometrado e regrado durante todo o festival que tava faltando mesmo um pouco de CAOS nessa brincadeira toda. Questão de nostalgia.
Mas tudo bem. Com o pé e as costas doendo, um sono gigantesco mas ainda vivo (ou algo próximo disso), terminar o festival e todo o trampo com o Red Hot Chili Peppers, de volta ao Rock in Rio depois da passagem em 2011, foi exatamente como deveria ser: dançante, animado, sem firulas, com a galera cantando em todos os cantos da cidade do Rock.
Começou com a única pessoa no universo que pode fazer solos mandando mais do que bem no baixo, seguido de “Can’t Stop”, pra tirar todo mundo do chão (eu não preciso dizer que, quando falo disso, eu estou falando de gente deitada, sentada e absolutamente destruída de cansaço né?), “Snow”, a sensacional “The Zephyr Song”, e a nova e ótima “Dark Necessities”.
Com “Californication” e “Under the Bridge”, a banda tirou toda a NHACA que as outras músicas, pouco conhecidas do público em geral, acabaram deixando — não que alguém tenha ficado parado. Mas muita gente foi fazer xixi… ;)
“By The Way”, encerrando a primeira parte da apresentação, e “Give It Away” fechando o Rock in Rio, zeraram a barrinha de energia de todas as centenas de milhares de pessoas que estavam lá dentro.
Foi um show seguro, uma hora e meia exata. Eu talvez preferisse esse show no Sunset, por tudo o que já disse aqui, mas… Valeu. Valeu demais. :)
Ps. Flea resumiu o Rock in Rio como “esse festival que tem o Sepultura. Eu amo o Sepultura”. A gente te ama, Flea.
Por Thiago Borbolla (do Judão), direto do Rio de Janeiro
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