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O Rock in Rio podia ter passado sem isso que o 30 Seconds to Mars fez, né?
Ontem mesmo eu tava pensando quem é que vem pro Rock in Rio e fica indo aos brinquedos ou ver gente jogar videogame. Entendo o apelo, não entendo perder horas em filas ao invés de aproveitar os trocentos shows que acontecem desde pelo menos 30 minutos depois da abertura dos portões. O Jared Leto me serviu como um ótimo exemplo disso.
Os fãs provavelmente gostaram do simples fato de ele estar no palco e, verdade seja dita, ele não os decepcionou, inclusive chamando vários lá pra cima e começando com os papéis picados ainda na segunda música, balões na terceira e ainda a presença do Projota.
O problema é que não foi um show do 30 Seconds to Mars. Ou foi, o que pode ser pior. A impressão era de que o cara resolveu cantar uma ou outra música enquanto fazia o que bem entendia — inclusive abandonar o palco para, olha só, repetir o que fez da última vez no Rock in Rio e despencar na tirolesa que, bem pouco antes do show, travou com um cara que foi ovacionado ao sair de lá manualmente.
Ouvimos o cara falar mais que cantar — quando não ficou só nos “OOOOH!” que fazem todas as músicas parecerem iguais, o vimos tomar açaí, tirar a tradicional foto com a plateia ao fundo antes do fim… E enfim.
O fã que veio ver o 30 Seconds to Mars no Rock in Rio, eu espero, sabia exatamente o que teria e, eu espero, não se decepcionou. O ser humano que gosta de entretenimento, puro e simples, também.
O que veio esperando curtir um show de uma banda, simplesmente, como tanta gente faz nesses sete dias de apresentações, vai lembrar que teve 30 Seconds to Mars no Rock in Rio em 2017.
O que é uma boa coisa, no fim das contas.
Por Thiago Borbolla (do Judão), direto do Rio de Janeiro