Setembro chegou e no final do mês teremos o documentário da Lady Gaga disponível na Netflix. Sabemos que “Gaga: Five Foot Two” acompanha um ano na vida da artista; agora, conversando com a Entertainment Weekly, ela e o diretor do projeto, Chris Moukarbel, falaram mais sobre o que poderemos ver a partir do dia 22.
“Vocês verão uma mulher que é uma artista, que cria o dia inteiro, pensa o dia todo, e também vive as experiências como uma artista e como uma celebridade. Essas duas coisas se colidem, e você verá como elas estão em conflito. Eu apareço 100% autêntica, simples. Ninguém está explicando o que sou ou me rotulando como uma artista feminina neste filme. O documentário é sobre isso.”
Moukarbel, por sua vez, elogiou Gaga:
“Ela apoiou o processo criativo e senti que ela queria me dar espaço como cineasta para fazer algo em que acreditava. A única coisa que eu disse a ela no início foi que eu seria sua sombra e filmaria tudo, mas que eu não estava interessado em fazer uma exposição. Eu só queria estar presente enquanto sua vida se desenrolava, e assim criar um retrato de seu mundo interior.”
As filmagens do documentário começaram em junho de 2016, então o projeto capturou bastante o fim do processo de criação da fase “Joanne”. “Gaga: Five Foot Two” também mostrará as dificuldades da cantora em lidar com a fama, com a solidão e a dor. O diretor conta:
“Comecei a gravar casualmente em junho de 2016 [quando Gaga terminou de escrever ‘Joanne’]. Fui filmando assim que passei pela porta. Ela foi muito amigável e também me disse imediatamente que não iria fazer nada de especial. Ela simplesmente se prepararia para ir ao estúdio e eu era bem-vindo para registrar isso. O primeiro dia inteiro acabou virando a primeira cena do documentário. Eu realmente não esperava isso. O filme a segue pelo processo criativo ao escrever o CD ‘Joanne’. Nós a vemos filmando ‘American Horror Story’ e lidando com algumas questões pessoais pesadas, incluindo a dor crônica no corpo com a qual ela tem lidado há cinco anos. Nós também estamos ao lado dela enquanto ela se prepara para o show do intervalo do Super Bowl.”
Segundo Lady Gaga, “Five Foot Two” é um retrato de sua vida a partir da perspectiva de seus amigos, mas ela teve controle sobre o que seria ou não usado. “Significa que eu dei a todos acesso ao que eu queria que todos tivessem acesso. Eu decidi o que eles podiam e não podiam filmar e o que poderia entrar no filme (…)“.
“É real e verdadeiramente a minha vida, mas mostrada em um documentário de amigos que simplesmente queriam mostrar ao mundo um olhar sobre quem eles sabem que sou. É realmente por causa da arte. Vocês me conhecem; eu não sou só um tipo de garota preocupada com dinheiro. Para mim, fazer coisas com pessoas que eu amo é importante. Os cineastas são meus amigos, e acredito neles como artistas e fiquei feliz por eles criarem esse documentário. São os meus amigos gays neste filme. Eles me enxergam e me amam de uma maneira muito especial, e mesmo assim me conhecem por meio dos meus relacionamentos, da minha família e minha carreira, em todos os aspectos. Não importa o que me vejam passando na vida, eles conseguem me erguer, e sou muito grata por isso.”
Ela continua:
“No documentário eu não estou assumindo o controle da minha narrativa, não mais do que eu fazia antes. Quando eu escolhi usar grandes ombreiras e roupas de vanguarda quando não era sexy usá-las em 2008, eu estava fazendo isso porque eu me recuso a deixar alguém ao meu redor me falar o que é lindo numa mulher, ou como uma mulher deve ser sexy, ou como as mulheres na indústria da música devem vender seus corpos para serem sexy. Eu sempre fiz isso.”
Segundo Chris Moukarbel, ele queria fazer do documentário algo verdadeiro, e não falou tanto com pessoas próximas a Gaga para preservar essa parte orgânica (mas a Entertainment Weekly nota que Joe Germanotta, pai de Gaga, e Florence Welch, que cantou na música “Hey Girl”, aparecem no filme).
“Gaga criou uma vida extraordinária por meio da força de sua própria personalidade, mas quando você está dentro de seu mundo, você fica imediatamente impressionado com o quão tranquila e familiar ela é. Ela é amável e genuinamente interessada nas pessoas à sua volta. Eu fiz o filme de forma realista. Assim, eu poderia me concentrar nela e em suas experiências para que o espectador entenda o mundo através dos olhos dela. Não fiz nenhuma entrevista com pessoas à sua volta. Se elas estivessem presentes enquanto eu estava filmando, então até poderiam aparecer no filme, mas era realmente sobre seus arredores naquele momento. Ela é incrivelmente próxima de sua família e eles estão ao seu lado o tempo todo. Eles têm um relacionamento naturalmente amoroso, então espero que o filme consiga mostrar um pouco disso.”
“Gaga: Five Foot Two” será exibido na próxima sexta-feira, dia 8, no Festival Internacional de Cinema de Toronto, mas só chega à Netflix no dia 22 mesmo. Ansiosos para ver?
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