O cantor Miguel é uma das atrações do Rock in Rio. Ele se apresenta no sábado, no palco Sunset, ao lado do brasileiro Emicida, e os dois inclusive lançaram um clipe juntos nesta semana.
O Papelpop conversou com o cantor aqui no Rio de Janeiro sobre as expectativas dele para o festival e sua parceria com o rapper. Ele também nos contou um pouco mais dos seus ídolos, como Prince, e como foi trabalhar com Dua Lipa e Mariah Carey
Confira abaixo a nossa entrevista completa com Miguel:
Papelpop: Tenho certeza que as pessoas que gostam de boa música estão felizes que você está aqui no Brasil. E o Rock in Rio é uma boa chance para mostrar a todos os brasileiros quem você realmente é. Está ansioso?
Miguel: Muito obrigado. Estou muito ansioso. É minha primeira vez aqui. Mais do que tudo, quero absorver toda a energia que puder. Sentir a cultura e o espírito das pessoas para trazer todo mundo para este momento e torná-lo uma boa experiência. É só isso que me importa.
Papelpop: E você já se encontrou com o Emicida aqui?
Miguel: Eu espero encontrá-lo nesta sexta-feira. Nos encontraremos pessoalmente pela primeira vez. Já nos falamos por telefone, mas não é a mesma coisa.
Papelpop: Nós gostamos bastante de “Oásis”. Há muito do Brasil na música, mas também é possível perceber o seu estilo. É uma mistura perfeita. Como foi o processo para fazer essa canção?
Miguel: Surgiu junto com a oportunidade de tocar aqui. Quando surgiu a oportunidade de tocar aqui e colaborar com um artista brasileiro, fizemos uma pesquisa para ver o artista que seria interessante tocar junto, que fizesse sentido. Ao ouvir a música do Emicida, eu sinto que nós somos muito similares em autenticidade e energia. Eu acho que faria muito sentido os meus fãs descobrirem ele também. Eu quero que meus fãs o descubram também. Nós conversamos, nos alinhamos, e ele estava muito na ideia de fazer uma colaboração. Ele enviou a ideia dele de “Oasis”, e o resto aconteceu naturalmente, muito orgânico.
Papelpop: O que podemos esperar do show no Rock in Rio?
Miguel: Que seja divertido, alegre, feroz, apaixonante e sexy. Mais do que isso, espero que seja uma boa conexão. É o que eu espero de todo show, é uma marca de amor que gosto de imprimir. Você sempre tem uma ideia de como as coisas devem acontecer, mas cada público é diferente, a energia dele muda. Tudo depende de onde você está, da hora e local que você está tocando. Até o clima muda a vibe de um show. Mas espere que eu seja um homem tentando criar uma experiência que é única para nós. Espero que seja muito especial. Eu mudei minha setlist para me adaptar ao público, e a minha banda é muito boa. Nós tocamos para o público, para dar uma experiência a ele.
Papelpop: Falando sobre ídolos musicais, que eu sei que você tem bastante. Você pode dizer quais eram os seus ídolos quando adolescente?
Miguel: Cara, quando eu era adolescente, meus ídolos eram… na verdade eu não diria ídolos, pois essa palavra pode ser meio um tabu, vou dizer pessoas nas quais me inspirava. Mas quando eu era adolescente provavelmente eram Jay-Z, Tupac, B.I.G., Musiq Soulchild, tinha muitos nomes que importavam muito para mim quando adolescente, mas acima de tudo Prince, David Bowie, Rolling Stones, The Beatles, posso ficar falando nomes para sempre aqui.
Papelpop: Aproveitando que você mencionou o Prince. recentemente tivemos muitas perdas na música pop. Quem você acha que fará mais falta?
Miguel: Ano passado foi um ano louco. Perder David Bowie e Prince no mesmo ano foi uma perda gigantesca para a música. E foi como um alerta para mostrar que o momento para nos tornarmos uma influência na música é agora. Nós precisamos ser os nossos próprios heróis agora. Porque os nossos heróis antigos já fizeram o que tinham que fazer e o tempo deles chegou. Eles vão viver para sempre por meio do que eles deixaram. Quando soube que Prince morreu eu estava em estúdio com meu irmão, e o Lenny Kravitz estava no mesmo lugar. Ele realmente conhecia Prince, e foi ótimo poder conversar com ele naquele dia. Lenny me contou algumas histórias e experiências com Prince, e me lembrou que o nosso tempo é agora, e isso vale para todos, não só músicos: falo de médicos, pessoas que lutam pela liberdade, crianças, sonhadores.
Papelpop: Planeja assistir outros artistas no Rock in Rio?
Miguel: É claro! Amo música. A nossa comunidade de músicos está sempre se movendo ao redor do mundo, mas quando estamos na mesma cidade, no mesmo lugar é muito divertido se reunir, trocar experiências, criar memórias para nós mesmos. Espero rever bons amigos para curtir uma boa música.
Papelpop: Há algum tempo você gravou uma música com a Dua Lipa. Como foi isso? Sabia que ela também vem para o Brasil fazer shows?
Miguel: Cara, ela é como uma borboleta. Quando você vê uma borboleta, isso é sinal de sorte. Ela é calma, linda, a energia dela é linda. Ela é incrivelmente talentosa. Mais do que tudo ela é a pessoa mais doce do mundo. Ela é uma estrela, e merece isso. Trabalhar com ela foi super divertido, fácil, e ela arrasa. Eu a considero uma amiga, já saímos algumas vezes. Gosto de ver também todos que colaboram com ela. Estou entusiasmado em ver a carreira dela, ela vai se tornar uma vencedora.
Papelpop: E como foi gravar com a Mariah Carey?
Miguel: Ah! Mariah é uma das pessoas mais talentosas do mundo. As pessoas não conseguem entender o quão talentosa ela é. Podemos começar pela voz. Liste alguns nomes que tem o alcance vocal dela. Eu só consigo pensar nela e Freddie Mercury. Primeiro, ela é um ícone. Segundo, ela é tipo uma super-heroína, pois ela faz coisas que pessoas comuns nunca conseguiriam fazer. Além disso, ela é uma escritora incrível. Ela compôs a maioria dos seus sucessos e muitas pessoas não sabem disso. Ela é uma diva no melhor sentido possível. Trabalhar com ela foi incrível, primeiro porque eu tinha um crush gigante nela enquanto crescia. Ela é incrível. O talento dela me inspira muito.
Papelpop: Obrigado pela conversa, Miguel. Espero que você tenha um ótimo show no Rock in Rio!
Miguel: Obrigado, e desculpa por falar demais, hahahaha.
Miguel se apresenta junto com o Emicida no sábado (16), no palco Sunset do Rock in Rio, às 20h.
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