Rock in Rio, assim, cá entre nós… Eu amo o Miguel, mas eu sinto que esse show tinha que ser Emicida convida Miguel e não o contrário. Primeiro porque a casa (o Brasil, no caso) é de Emicida. Se Miguel tá chegando, quem tem que convidar é o rapper nacional, não acha?
O outro motivo quem explica é o proprio Miguel, quando para e conversa com os brasileiros: “Eu sei que a maioria aqui não deve conhecer muito minhas músicas, mas sei que vocês aqui próximos de mim, sim”.
Então… não tinha que ser um showzão do Emicida com participação do californiano? Seria lindo. Mas vamos ao show. Miguel chega de jaquetão, camisa florida estampada, calça com estampa de exército e, mesmo com essa mistura louca de estampas, consegue ficar lindo e estiloso, ostentando dreads, óculos ray ban e sorriso lindo, ele abre o show no Rock in Rio com “The Thrill”, do álbum “Kaleidoscope Dream”. No final da musica, ele tira os óculos, todo galã, dá uma olhada na galera e diz: “e aí, Rio? Foda pra caralho!”, grita, para a alegria e surpresa de todos. Mais tarde, vamos descobrir que foi Emicida quem o ensinou a ser fodão no BR.
Miguel faz sua perfeita mistura de rock com R&B, com solos de guitarra altos, sintetizadores e aquele vocal único cheio de falsetos por quarenta minutos até o brasileiro chegar.
“Falo espanhol, mas não sei falar português, mas quero praticar com vocês. Eu tenho uma pergunta pra vocês”, diz, com um português semi perfeito. “Do you like drugs?”, Miguel pergunta em inglês.
As crianças que estavam ao meu lado (alfabetizadas em inglês, claro!) olham para os pais assustadas. “Esse é o nome da música, minha filha”, avisa o pai. Fico torcendo depois para Miguel não cantar “Pussy is Mine”, a faixa mais tarada do artista. Teve homenagem ao Bob Marley, ao 2Pac e o som californiano do rap e R&B e reboladinhas que deixariam Elvis com inveja (ou achando que o Miguel é “uma pornô”).
As músicas do álbum mais recente de Miguel, “Wildheart”, são o acerto do show. “Wave” é ótima. O público levanta e desperta. É um hit. O mesmo acontece com “Coffee”.
“Brasil, posso apresentar um amigo pra vocês”
Pronto! Aqui nasce o “ship” Miguelicida.
O rapper paulistano conta que Miguel estava preocupado se alguém conhecia as músicas dele, se iam curtir o show, e pede uma salva de palmas para o amigo novo. Parecia que os dois eram amigos de infância e não que tinham se conhecido somente dois dias atrás.
Juntos, eles cantam “Oasis”. Nasce um hit. Parece um música do Emicida. Parece também uma música do Miguel e as duas coisas casam perfeitamente. O resultado é uma música bem brasileira com a suavidade e onda californiana de Miguel. Nasce um hit. Ainda vamos ouvir muito “Oasis”.
Emicida fica pra mais uma música e faz um rap de improviso para celebrar a vinda do novo amigo na música do gringo, “Skyscraper”.
Miguel canta “Adorn” com todos os agudos intactos e encerra o show. Eu queria ter ficado vendo os dois por mais uma hora. Belo encontro.
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