A hora chega para todos, né? Enquanto os canais abertos e a cabo dos Estados Unidos constantemente cancelam e finalizam suas séries, a Netflix tem apertado o freio nesse quesito, deixando de renovar apenas seis de suas várias produções originais: (“Bloodline”, “Lilyhammer”, “Hemlock Grove”, “Marco Polo” e mais recentemente “Sense8” e “The Get Down”, segundo o SlashFilm — o número aumenta para sete se contarmos “Longmire”, antes da A&E e resgatada pela plataforma de streaming para depois ser cancelada.
Só que com os recentes cancelamentos de “Sense8” e “The Get Down”, a coisa parece estar mudando para a Netflix. De acordo com Reed Hastings, CEO e co-fundador da empresa, a intenção é cortar mais séries. Hastings disse em entrevista à CNBC:
“Nossa taxa de sucesso está muito alta agora. Então cancelamos poucas séries. Eu sempre falo para a equipe de conteúdo que precisamos arriscar mais, tentar coisas mais loucas, porque nós deveríamos ter uma taxa de cancelamentos mais alta no geral.”
Ou seja, cancelar séries que não estão dando tanto retorno para apostar em produções mais arriscadas e ver se elas valem a pena.
Hastings continuou:
“Arriscando mais, você ganha campeãs inacreditáveis, como ’13 Reasons Why’. Ela nos surpreendeu. É uma ótima série, mas não sabíamos o sucesso que seria.”
Durante a entrevista, o co-fundador se recusou a falar da audiência de “13 Reasons Why”, renovada para uma segunda temporada — a Netflix nunca divulgou esses números em relação a qualquer série. Mas ele se aprofundou um pouco mais no assunto, dando a entender que a audiência é sim um fator determinante para a empresa: “Dá para perceber quando cancelamos uma série“. Hastings também falou sobre a fórmula usada pela Netflix para decidir o futuro de suas produções originais: “É uma mistura de audiência e aumento no número de assinantes. A maior parte é quantas pessoas assistem, mas esses números estão bastante conectados“.
Outro assunto levantado na entrevista foi o investimento em séries originais. Só no último ano a Netflix dedicou US$ 6 bilhões a isso, e a intenção é aumentar ainda mais esse valor para bater de frente com a concorrência — Amazon e Hulu, por exemplo. “À medida que aumentamos nossa base de assinantes, queremos aumentar o orçamento de conteúdo. Há muitas séries ótimas que ainda não temos“.
(via Vulture)
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