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CANNES, FRANCE - MAY 17: (L-R) Jury members Gabriel Yared, Park Chan-wook, President of the jury Pedro Almodovar and jury member Will Smith attend the Jury photocall during the 70th annual Cannes Film Festival at Palais des Festivals on May 17, 2017 in Cannes, France. (Photo by Andreas Rentz/Getty Images)
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Em Cannes, Pedro Almodóvar e Will Smith falam sobre Netflix no festival

Começou nesta quarta-feira, 17, a 70ª edição do tradicional Festival de Cinema de Cannes, e o evento já trouxe debates sobre a presença controversa da Netflix por lá.

Contextualizando, por causa do serviço de streaming se recusar a exibir dois filmes (“Okja” e “The Meyerowitz Stories”) nas salas de cinema, Cannes precisou fazer uma nova regra valendo a partir de 2018: qualquer produção que desejar participar da competição nofestival terá que se comprometer a ser distribuído nos cinemas da França.

De acordo com o The Hollywood Reporter, o presidente do júri deste ano, Pedro Almodóvar, e Will Smith, também do corpo de jurados, deram suas opiniões sobre o assunto.

Almodóvar leu o seguinte comunicado oficial do festival:

“Plataformas digitais são uma nova maneira de oferecer palavras e imagens, algo enriquecedor. Mas esses serviços não devem tomar o lugar de formas já existentes, como salas de cinema. Sob nenhuma circunstância eles devem mudar a oferta para espectadores. Penso que a única solução seja que essas plataformas aceitem e cumpram as regras existentes já adotadas e respeitadas. Pessoalmente, não acho que a Palma de Ouro [maior prêmio de Cannes] deveria ser dada a um filme que não é visto na tela grande. Isso não quer dizer que eu não esteja aberto ou celebre novas tecnologias e oportunidades, mas enquanto estiver vivo estarei lutando pela capacidade hipnótica da tela grande para o espectador.”

Direto ao ponto! Will Smith, no entanto, que atua em “Bright”, um dos próximos filmes da Netflix, defendeu a plataforma:

“Tenho filhos de 16, 18 e 24 anos de idade em casa. Eles vão ao cinema duas vezes por semana e assistem à Netflix. Há pouca intersecção entre o que veem no cinema e o que assistem na plataforma. Na minha casa, a Netflix não prejudica em nada a ida ao cinema; eles vão para serem impactados por certas imagens e ficam em casa para outras coisas. Na minha casa, a Netflix só foi benéfica – eles assistem a coisas que jamais veriam. A Netflix ampliou a compreensão cinematográfica global dos meus filhos.”

Vale lembrar, também, que a Netflix conseguiu os direitos de exibição de “The Irishman”, filme de Martin Scorsese com Al Pacino e Robert DeNiro, e provavelmente não vai passá-lo nos cinemas, salvo lançamentos limitados.

Dois argumentos bem interessantes, não? O que vocês acham dessa história? A Netflix e outras plataformas devem se adaptar às regras vigentes ou os tempos estão mudando e as mídias/festivais tradicionais precisam aceitar os novos modelos?

(via The Hollywood Reporter)

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