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A estreia de “13 Reasons Why”, novo drama da Netflix, tem levantado muita polêmica. Enquanto muitas pessoas consideraram a série importante, outras acham que o conteúdo pode estimular o suicídio e não prevenir – premissa do programa.
“13 Reasons Why” conta a história de uma garota que cometeu suicídio e você sabe disso desde o primeiro episódio. No entanto, o público se surpreendeu com a série, que realmente mostra Hannah Baker (Katherine Langford) tirando sua vida – cena que tem causado muita controvérsia.
Com base nisso, o psiquiatra brasileiro Luís Fernando Tófoli foi ao Facebook, no domingo (09), expressar em 13 Parágrafos um alerta sobre “13 Reasons Why” para pais, educadores e profissionais de saúde.
“O principal erro da série é, de longe, mostrar o suicídio de Hannah. A cena, que acontece no episódio final, é absolutamente desnecessária na narrativa e claramente contrária ao que apregoam os manuais que discutem prevenção de suicídio e mídia. Chega a ser absurdo que os autores da série ignorem completamente o que indicam explicitamente as recomendações da Sociedade Americana para Prevenção do Suicídio, que foram publicadas após a morte do ator Robin Williams e cheguem à cara de pau de tocar (não neste episódio) a música “Hey, Hey”, de Neil Young, que foi citada na carta suicida do músico Kurt Cobain”
Com base em estudos sobre depressão e suicídio, o médico fala sobre os problemas que o série tem e porque isso é preocupante. Por conta dessa publicação, o Jornal Nexo, foi entrevistar o Tófoli e ele explicou mais detalhes do seu alerta em relação a série.
“A série comete vários erros, não recomendados por estudos que demonstram elementos que causam o contágio. O efeito de imitação, chamado em inglês de “copycat effect”, é usado para [designar] todo fenômeno que copia a mídia. Só mostrar o suicídio já é ruim”.
“Só mostrar o suicídio já é ruim. Mostrá-lo com uma alta carga emocional, plasticidade e impacto visual, como é feito na série, é pior ainda. Ainda que a personagem mostre que está doendo, que ela está sofrendo, fazer uma representação cinematográfica de uma cena de suicídio não é recomendável. Tem um risco associado a isso”, explica o psiquiatra.
Voltando ao texto do Facebook do médico, em um parágrafo ele comenta a ideia de culpar alguém que Hannah carrega ao longo da série.
“Outro problema sério da história, especialmente para os sobreviventes (esse é o termo utilizado para os parentes e entes queridos de quem se suicida), é a ideia da culpabilização do suicídio”, escreveu o psiquiatra
Hannah Baker conta em 13 fitas cassete sobre os motivos que a levaram tirar sua própria vida. A protagonista coloca a culpa em seus colegas de escola – ela sofria bullying, não tinha amigos e foi abusada por um dos meninos do colégio.
“Grande parte da tensão da série gira em torno de quem é a “culpa” pelo suicídio de Hannah: ela, seus amigos, a escola (que é processada pelos pais da menina), a sociedade. Os especialistas entendem que a busca por culpados é dolorosa e improdutiva. O suicídio é, na sua imensa maioria das vezes, um ato complexo, desesperado e ambíguo, e achar que ele possa ter responsabilidade atribuível é equivaler sua narrativa à de um crime. Embora isso seja compreensível em uma peça de ficção, isso é muito deletério na discussão do tema no mundo real, onde ele de fato os suicídios acontecem”
“A questão é essa. Se há a mínima chance de alguém ser influenciado por efeito de imitação a partir de uma obra de arte, a gente tem que questioná-la. Como médico, tenho que falar isso”, conta Tófoli ao Nexo, e essa é a preocupação de muita gente em relação a “13 Reasons Why”.
No começo da semana publicamos aqui no PP sobre o motivo que fizeram os criadores colocarem a cena de suicídio da Hannah na série.
Qual a opinião de vocês sobre esse assunto? “13 Reasons Why” funciona como um alerta ou como um gatilho para o suicídio?
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