Vou ser sincero. Quando o reboot de “Power Rangers” foi anunciado, pensei: “mas precisa? tem alguém sentindo falta?”. Porque a franquia sempre esteve aí, dando sopa. Mas ontem pude ver o filme e vivi novamente aquela animação, aquela empolgação que é ver os Rangers em ação. Aquela sensação que eu tinha ao ver anos atrás foi revisitada nesse novo filme que traz ares atuais bem interessantes.
Duas décadas após “Mighty Morphin”, a primeira geração dos Power Rangers, eles aparecem no cinema com uma formação bem parecida. Como em 1993, cinco adolescentes pouco parecidos se unem pela destino num acidente que os transformam em Rangers. Juntos, eles são guiados por Zordon (Bryan Cranston), Alpha 5 e precisam combater Rita Repulsa (Elizabeth Banks). Tudo assim, certinho, do jeito que conhecemos.
Mas, diferente da série de TV, o filme é muito mais sobre relacionamento do que a porradaria em si (aliás, uma porradaria que está ótima).
O filme ainda tem Rita Repulsa arrasadora e uma personagem lésbica num roteiro que fala muito sobre diferenças…
Ranger Vermelho é Jason (Dacre Montgomery), um galã do colégio que teve a reputação destruída. A Ranger Rosa é a Kimberly (Naomi Scott), ex-líder de torcida também queimada na escola. O Azul é o nerd Billy (RJ Cyler), Zack (Ludi Lin) é o aventureiro Ranger Preto e Trini (a cantora Becky G) é a complexa Ranger Amarela. Muito além dos atores serem de países e etnias diferentes, os personagens não se entendem de forma alguma.
O problema é que eles precisam de uma boa relação para morfar e Rita Repulsa está chegando. Por isso, boa parte do filme é sobre treino e sobre a capacidade de se identificar no outro que é diferente de você. Sim, empatia! E a mensagem não vem de forma superficial, todos têm uma história complicada.
A junção de atores novatos, história de origens e a química entre eles vem com o selo “Stranger Things”: um ótimo elenco que funciona bem em conjunto e nos dá vontade de conhecê-los melhor.
Os Power Rangers foram a aposta ocidental do gênero Tokusatsu – séries japonesas de herói naquela vibe de gente fantasiada, explosões, maquetes e roupas extravagantes. As fantasias, os monstros de borracha e as maquetes deram lugar ao CGI, mas isso não desrespeita o formato antigo.
A batalha demora, mas quando chegar e você ouvir aquele “Go Go Power Rangers”, você vai se sentir em frente à TV torcendo com o seu cereal na mão igual anos atrás.
Neste sentido, o filme respeita tanto a série que você já saca o que vai acontecer. Se você é fã dos “Power Rangers”, já sabe qual a única forma de vencer o Goldar – monstro gigante de Rita Repulsa.
Inclusive, Rita tem um fim tão hilário quanto em “Mighty Morphin”!
Rita repulsa é a Ranger de milênios atrás que trai Zordon ao tentar roubar o cristal que dá vida ao planeta. Ela acorda depois de um sono de 65 milhões de anos e volta com o plano de destruir a Terra. É a vilã mais icônica e caricata da saga, uma grande responsabilidade para a atriz Elizabeth Banks.
Ela consegue cumprir? Sim. Mas pode demorar um pouco para a gente se acostumar com a nova versão. A Rita Repulsa de 2017 está mais sexy e assustadora, mas Banks arrasa ao conseguir manter o nível cômico e surtado da vilã. Um pouco mais maléfica, algumas atitudes dela até nos deixam tensos sobre o destino dos Rangers.
Você não sabe se sente medo, dá risada ou fica constrangido. É maravilhoso!
SIM! O novo “Power Rangers” é respeitoso à franquia e um ótimo blockbuster. As cenas de ação são muito bem coreografadas e o tom do filme equilibra drama e momentos cômicos muito bem. Enquanto os personagens se descobrem, você torce por eles e se anima em acompanhar o progresso.
Além de ser uma revisitação ao “Mighty Morphin” de 93, é um filme atualizado com discussões importantes e visual repaginado sem perder a essência do original. Obs: tem cenas pós-créditos! Comentamos abaixo para quem quiser o spoiler! Hahaha.
*ATENÇÃO: a partir daqui vamos contar sobre alguns eventos do filme, com detalhes. Por isso, se você não quiser perder a surpresa, pare por aqui!
Ao longo dessa semana, o diretor Dean Israelite nos avisou que teremos uma Ranger lésbica, anunciando que será a “primeira heroína lésbica da história do cinema”. É tão grande assim? SIM! É apenas uma cena, mas tem muita importância.
A Ranger Amarela, Trini, tem problemas com os pais por não ser como eles querem. Num grande desabafo em cena emotiva do filme, ela diz que não consegue expressar como ela se sente pois ainda não consegue entender ainda quem ela é. O Ranger preto pergunta “Problema com namorado?” ela afirma com tom sarcástico. Aí ele solta “Namoradas??” e ela levanta a sobrancelha.
É muito foda, vai! E, se tivermos mais filmes, provavelmente essa trama se desenvolve. É legal porque “Power Rangers” sempre quis falar de diversidade, e aqui o papo é muito mais atual.
Após os créditos principais, continue na sala de cinema! Na cena extra, todos os Rangers estão na sala de detenção da escola e passam pela lista de chamada. O professor chama “Tommy Oliver? Tommy Oliver??” e a câmera foca uma cadeira vazia com uma jaqueta verde.
*DROP THE BOMB* Sim, é Tommy Oliver. O Ranger verde, herdeiro do uniforme que foi de Rita Repulsa. Na série, ele é todo misterioso. Já estamos animados para ver como ele será aqui. Ou seja: vai ter continuação!
“Power Rangers” estreia nessa quinta, dia 23! Cata o trailer e bora assistir:
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