O editor da New York Magazine, Kyle Buchanan, postou em seu Twitter na sexta-feira (24) uma carta conjunta escrita pelos diretores indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro enviada à imprensa na qual criticam as políticas nacionalistas dos Estados Unidos e de outros países.
Martin Zandvliet (“Land of Mine” – Dinamarca), Hannes Holm (“A Man Called Ove” – Suécia), Asghar Farhadi (“The Salesman” – Irã), Maren Ade (“Toni Erdmann” – Alemanha) e Martin Butler & Bentley Dean (“Tanna” – Austrália) disseram o seguinte:
“Em nome de todos os indicados, gostaríamos de dizer que reprovamos unanimemente o clima de fanatismo e nacionalismo que enxergamos hoje nos Estados Unidos e em vários outros países, vindo parte da população e, infelizmente, dos líderes políticos. O medo gerado pela nossa separação em gêneros, cores, religiões e sexualidades como maneira de justificar a violência destrói as coisas das quais dependemos não só como artistas, mas como humanos: A diversidade de culturas, a chance de nos enriquecermos por algo aparentemente ‘estrangeiro’ e a crença de que encontros humanos podem nos transformar para melhor. Esses muros divisórios impedem as pessoas de vivenciarem algo simples, mas fundamental: A descoberta de que não somos tão diferentes. Então nos perguntamos: O que o cinema pode fazer? Não queremos superestimar o poder dos filmes, mas acreditamos que nenhuma outra mídia seja capaz de oferecer uma visão profunda das circunstâncias de outras pessoas e transformar sentimentos de estranheza em curiosidade, empatia e compaixão – mesmo àqueles que nos disseram que são nossos inimigos. Independente de quem vença o Oscar de melhor filme estrangeiro no domingo, nós nos recusamos a pensar em fronteiras. Acreditamos que não há um melhor país, gênero, religião ou cor. Queremos que esse prêmio seja um símbolo da união entre nações e da liberdade da arte. Você não precisa requerer direitos humanos. Eles simplesmente existem – para todos. Por isso, dedicamos esse prêmio a todas as pessoas, artistas, jornalistas e ativistas lutando para promover a união e compreensão, e que defendem a liberdade de expressão e dignidade humana – valores cuja proteção é agora mais importante do que nunca. Dedicando o Oscar a essas pessoas, desejamos expressar a elas nosso profundo respeito e solidariedade.”
Vale lembrar que Donald Trump, presidente dos Estados Unidos e que vem adotando uma linha bastante nacionalista em sua política desde a campanha de eleição, passou no fim de janeiro uma ordem já inválida que restringia a entrada de imigrantes de sete países muçulmanos no país.
Na época, Asghar Farhadi, que venceu o Oscar em 2012 pelo filme “A Separação”, disse que não compareceria à cerimônia mesmo se abrissem uma exceção. A atriz também iraniana Taraneh Alidoosti avisou que não iria ao Oscar antes mesmo da assinatura do decreto.
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