A edição de fevereiro da revista Interview traz a ótima Solange na capa, e a cantora participou de uma entrevista feita por ninguém menos do que sua irmã, a Beyoncé! Que demais!
As duas falaram, entre outros tópicos, sobre a infância e o disco “A Seat at the Table”, de Solange, lançado no ano passado. A edição também tem um ensaio super lindo da entrevistada!
Sobre quais são suas inspirações artísticas (Beyoncé cita que a irmã escreve as próprias letras, co-produz as músicas, projeta os shows e coreografias, entre outras atividades), Solange responde:
“Por um lado, eu tenho que ter muita prática. Crescer numa casa com uma especialista como você definitivamente ajudou. E, até onde eu me lembro, nossa mãe sempre nos ensinou a ter controle da nossa voz e dos nossos corpos e do nosso trabalho, e ela nos mostrou isso por meio do exemplo dela. Se ela tinha uma ideia, não havia um aspecto fora de seu controle. E acho que isso é algo interessante de se perceber, especialmente vendo você fazer o mesmo na sua carreira: a sociedade rotula isso como loucos por controle, como uma mulher obsessiva, ou alguém que é incapaz de confiar em sua equipe. Não há como ter sucesso sem ter uma equipe. Mas eu tenho – e não tenho medo de dizer – uma visão muito distinta e clara de como eu quero me apresentar, uma visão sobre meu corpo, minha voz e minha perspectiva. E quem melhor para realmente contar essa história do que você mesmo? Para este CD especificamente [‘A Seat at the Table’], ele começou com o desejo de desvendar algumas verdades e algumas mentiras. Havia coisas que estavam na minha cabeça fazia um bom tempo. E eu tentei trabalhar com algumas dessas coisas para que eu pudesse ser uma pessoa melhor e uma mãe melhor para Julez, uma esposa, uma amiga e uma irmã melhor. Isso é uma grande parte do porquê eu quis que você me entrevistasse. Porque o álbum é como se histórias estivessem sendo contadas para todos nós e para a nossa família e linhagem. (…)”
Uma das músicas mais faladas do disco é o single “Cranes in the Sky”. Solange explica que a faixa foi escrita oito anos atrás, quando tinha acabado de terminar com o pai de seu filho Julez.
“Eu costumava compor e gravar muito em Miami nessa época, quando teve o ‘boom’ do setor imobiliário. Havia novos condomínios sendo construídos bem próximos uns dos outros. Você gravou bastante lá também, e acho que vivenciamos Miami como um lugar de refúgio e paz. Nós não estávamos lá para festejar. Eu lembro de olhar para cima e ver todos esses guindastes no céu [em inglês, cranes in the sky]. Eles não eram o que eu relacionava com paz e refúgio. Pensei se tratar de uma analogia para minha transição – essa idéia de construir mais e mais e mais que havia no nosso país naquela época, todas essas construções em excesso, sem lidar com o que estava bem na nossa frente. E todos sabemos como isso terminou [a crise do subprime de 2007 e depois a grande crise econômica de 2008]. Foi uma catástrofe. E essa frase pareceu um indicativo do que estava acontecendo na minha vida também. Oito anos depois é interessante ver que estamos novamente sem enxergar o que está acontecendo no país, sem vontade de colocar essas coisas ruins em perspectiva.”
As duas também conversaram sobre quais são os conceitos falsos que as pessoas têm em relação a ser uma mulher forte, e o que isso de fato significa.
“Uma coisa que eu constantemente tenho que lutar contra é não me sentir arrogante quando eu digo que eu escrevi todas as letras deste álbum. Ainda não consegui dizer isso. Essa é a primeira vez que eu realmente falei isso, por causa dos desafios que enfrentamos quando comemoramos nosso trabalho e nossas realizações. Eu me lembro de Björk dizendo que independente da fase na qual sua carreira estava, ela sentia que se um homem era creditado em algo que ela fez, era ele quem levaria o crédito pelo trabalho. E, infelizmente, isso ainda parece ser verdadeiro. É algo que eu aprendi muito sobre você, isso de estar no controle de sua própria narrativa. (…) Eu sinto que estou me aproximando disso, de me defender e dizer: ‘Não, estou desconfortável com isso’. E eu realmente aprecio você e mamãe serem exemplos disso, da capacidade de falar sobre nossos feitos, essas coisas que merecem ser celebradas, sem se sentir tímida.”
No fim rolou um bate-bola/jogo rápido (#MariliaGabriela), hahahahaha! Solange gosta mais do filme “Mahogany” do que “O Ocaso de uma Estrela” (ambos com Diana Ross); se sente livre quando está “numa meditação musical”; prefere “No Me Queda Mas” a “I Could Fall in Love”; dá muita risada quando assiste “The Real Housewives of Atlanta”; e surtaria se conhecesse Diana Ross (olha ela de novo).
Ah! Sobre crescer com Beyoncé como irmã mais velha, eis o que Solange achou:
“Você arrasou. Você foi a irmã mais paciente, carinhosa e maravilhosa de todas. Nesses 30 anos que estamos juntas, podemos contar em uma só mão quantas vezes realmente discutimos.”
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