Com “Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell”, “Blade Runner 2049” e “Valerian” vindo aí, a gente aposta que o Cyberpunk vai continuar com tudo em 2017. O estilo está no cinema, na música, nos quadrinhos e é um subgênero lindo e instigante da ficção-científica.
Resumidamente, o Cyberpunk é um conceito que une o futuro e o avanço tecnológico (Cyber) com a violência, o desgastado e o marginalizado (Punk). É um futuro distópico que coloca máquinas dominando a vida humana.
O filme “Blade Runner” (1982) e as animações “Akira” e “Ghost in the Shell” são considerados as bíblias para entender o gênero. Botanto ciborgues contra humanos – ou juntando os dois – numa cidade futurística suja e obscura. Mas tem muuuuuita coisa incrível que dá para ver.
A gente uniu o cult com alguns blockbusters, lançamentos recentes e até divas pop para você mergulhar nesse universo!
O clássico de 1927 do Fritz Lang pode ser considerado o avô do gênero por já ter criado uma base para o que veremos mais para frente no cinema. O filme é mudo e se passa numa cidade futurística distópica chamada Metrópolis, em 2027 (faltam dez anos, hein). Enquanto temos os ricos aproveitando a boa vida, trabalhadores vivem no subsolo planejanto uma revolução.
Então temos Maria, uma trabalhadora que acaba se relacionando com o filho de um magnata. O poderoso dono de Metrópolis resolve, então, raptá-la e colocar um robô no lugar para acabar com o plano dos revolucionários.
Agora sim, “Blade Runner” é o filme do Ridley Scott divisor de águas. É uma grande obra-prima de ficção-científica baseado no livro “Do Androids Dream of Electric Sheep?” de 1968.
É o grande filme que veio com a trama “Humanos Vs. Androides”, mostrando Harrison Ford atuando como um caçador de replicantes (uma cópia dos seres-humanos) em 2019, quando as pessoas começam a habitar outros planetas.
Ridley Scott criou aqui o que conhecemos como cyberpunk no cinema: uma cidade cheia de edifícios, com uma estética suja, enferrujada e obscura tomada por propagandas. Como se fosse um futuro já velho.
Já com “Ghost in the Shell”, vemos o gênero sendo estabelecido nos animes e mangás japoneses. O mangá é de 1987, com a animação sendo feita em 1995. Ambos também servem de grande inspiração para Hollywood.
Aqui, conhecemos um Japão de 2029, em que a tecnologia é tão avançada que podemos implantar partes cibernéticas no nosso corpo e se conectar às redes de informações. Isso abre um grande espaço para hackers criminosos, que precisam ser detidos pela Major, uma super-agente feita 100% de peças cibernéticas.
A animação é um grande marco da exportação do cinema oriental no ocidente, servindo como fonte até para Matrix. O DVD é ainda vendido no Brasil! (Mas tem inteirinho no Youtube se você procurar)
“Matrix” é a grande obra das irmãs Wachowski, que beberam da fonte dos clássicos e criaram a obra cyberpunk da virada do milênio. A trilogia criou um padrão de narrativa “Humanos Vs. Máquinas” que é até usada em estudos filosóficos.
Aqui, vemos Keanu Reeves no papel de Neo, um hacker que descobre que a realidade como o mundo a conhece é apenas um mundo inventando e todos nós estamos dormindo enquanto o mundo é dominado por robôs. Então, ele se une a um grupo rebelde para restaurar a ordem normal.
O filme é uma obrigação no repertório cinemático de qualquer um. Ele agrega o gênero futurista à várias metáforas que se aplicam em qualquer época, como a de escolher a verdade crua ou permanecer no conforto da ignorância.
Como não esquecer da grande franquia protagonizada por Arnold Schwarzenegger? O primeiro filme mostra o ator sendo o Exterminador, um ciborgue matador vindo do futuro com uma história misteriosa.
A franquia vai crescendo com vários filmes e nos apresenta o conceito de cidade futurística distópica, robôs ainda mais evoluídos e vááárias cenas com o mais trash da ação de ficção-científica! Hahaha.
O clássico do Luc Besson levou Milla Jovovich ao posto de rainha do gênero sci-fi. “Quinto Elemento” traz a atriz vivendo um ser-perfeito capaz de salvar a Terra do ano de 2263.
O filme é repleto de cenas lindas, com ambientações futuristas muito bem feitas, grandiosas e divertidas. Toda a caracterização de Milla virou um padrão para o gênero (e tem referências de “Ghost in the Shell”) que até inspira a Scarlett Johansson nos filmes sci-fi que faz.
“Círculo de Fogo” é uma grande brincadeira do Guillermo Del Toro com o gênero cyberpunk e até com os tokusatsus japoneses (tipo Power Rangers).
No ano de 2020, o mundo é constantemente invadido por criaturas gigantes chamadas Kaijus. Para combatê-las, os humanos criam os Jaegers, robôs gigantes pilotados por humanos.
É completamente insano sem se levar a sério. Temos sequências de ação absurdas com os robôs e monstros ficando cada vez mais poderosos. É maravilhoso! Hahaha.
Antes mesmo de “Ghost in the Shell”, “Akira” chegava nos anos 80 como um dos clássicos japoneses sobre o gênero. O filme de 1988 se destaca por ter um estilo de desenho muito superior ao que estávamos acostumado na época.
Nesta animação, conhecemos Kaneda, líder de uma gangue de motoqueiros que vive numa Tóquio de 2019 ressurgida com alta tecnologia após a terceira guerra mundial. “Akira” é um filme cult, nos apresentando o melhor da ficção-científica futurista com muita violência.
Antes de começar a adaptar o universo da DC Comics, no cinema, Zack Snyder já vinha mostrando sua estética em “Sucker Punch”. Com uma narrativa feita de tantas camadas e universos, temos um filme que mistura futuro, passado, cabaret, steampunk, Era Meiji japonesa, nazistas e zumbis.
Parece ser um longa apenas para ficar jogando referências, mas mostra uma série de personagens femininas poderosas visitando vários mundos imaginários a fim de escapar da realidade dura num manicômio. Sem contar que a trilha sonora é meeeeega legal e conta com remixes de Bjork, Queen, Beatles e vários outros!
Até hoje é complicado explicar o que é real e o que é imaginação nesse filme, e tentar descobrir é uma boa experiência.
“Ex-Machina” é o filme mais atual da lista, estrelado por Alicia Vikander, Oscar Isaac e Domhnall Gleeson. O longa não tem todo aquele cenário de futuro sujo e obscuro, ele é minimalista e muito chique, mas vira um grande suspense com uma ciborgue feita pela Alicia que quer convencer que é humana e começa a perseguir seu criador.
Sim, gente. A rainha do pop também serve de parâmetro para o cyberpunk. O clipe dirigido por David Fincher é declaradamente inspirado em “Metropolis” e mostra a Madonna toda divando em cenários futuristas grandiosos, chuvosos e obscuros.
Sabe aquela cena da Britney ruiva andando de moto? Claramente criação de “Blade Runner” e “Ghost in the Shell”! Hahaha. E aquele conceito da Britney loira prisioneira que é claramente uma preciosidade? Será que ela era uma androide, gente?
Quem lembra quando o Daft Punk criou o filme “Interstella 5555” como parte visual do álbum “Discovery”? É muito foda! E o clipe de “Harder, Better, Faster” é uma grande introdução ao clima da animação e a todo o universo que mostramos aqui.
O Kanye West usou o sample da música do Daft Punk e trouxe junto toda a estética da música. O rapper é um robô cantando numa Tóquio futurista cheia de máquinas.
O que dizer da Bjork brincando de ser uma agente do futuro? Hahaha. O clipe é dirigido pelo Michael Gondry.
E novamente a Britney criando o gênero Cyberpunkney. Gente, ela é praticamente uma versão loira da Major de “Ghost in the Shell” nesse clipe! A sequência com ela pulando do prédio partindo para a ação é uma inspiração clara!
Nessa obra maravilhosa da Grimes, o Cyberpunk se encontra com “Mad Max”, com videogames de luta, “Quinto Elemento”, demônios… Que mistura maravilhosa.
As Spice Girls mostram que não é só de violência e ação que vive o Cyberpunk e dão um mega rolêzinho divertido no futuro. Amamos as cenas com elas surfando pelos ares! Hahaha.
Não precisamos falar nada, né?
Encerramos por aqui com essa obra prima em que o Cyberpunk encontra o Country. E você achando que não era uma tendência, né? Hahaha.
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